Enem do servidor federal vai oferecer em 2024 mais de 7 mil vagas

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A partir de 2024 haverá uma prova nacional unificando o processo de seleção de servidores federais, um Enem dos Concursos”, como o objetivo de facilitar o acesso da população às provas, inclusive em cidades do interior. A primeira prova será realizada no dia 24 de fevereiro.  A estimativa de vagas é de mais 7 mil no primeiro ano do concurso, Provas serão simultaneamente em 179 cidades das 5 regiões Cada ministério poderá decidir se vai aderir a esse modelo ou fazer os concursos por conta própria. O exame acontecerá ao mesmo tempo em 179 municípios, sendo 39 na Região Norte, 50 no Nordeste, 18 no Centro-Oeste, 49 no Sudeste e 23 no Sul. Haverá duas provas no mesmo dia. Uma com questões objetivas, comum a todos, e outra com perguntas específicas e dissertativas, divididas por blocos temáticos. Os candidatos para Trabalho e Previdência farão a mesma segunda prova, por exemplo; já os candidatos para Administração e Finanças Públicas, outra. As vagas abrangem os seguintes setores: Administr

'Abusos sexuais são o 11 de setembro católico', diz jornalista

por John L. Allen Jr. para o National Catholic Reporter

Massimo Franco (foto) é um jornalista veterano que escreve para o jornal Corriere della Sera, o jornal diário de maior prestígio da Itália. Recentemente ele publicou um livro intitulado C'era Una Volta un Vaticano [Era uma vez um Vaticano], argumentando que, por trás dos colapsos de relações públicas e das crises internas do Vaticano no pontificado de Bento XVI, encontra-se uma radical mudança histórica – do Vaticano como capelão do Ocidente para umVaticano como representante de uma subcultura minoria.
A reportagem é de John L. Allen Jr., publicada no sítio , 28-02-2011.

Durante séculos, defende ele, o Vaticano pensou e agiu como o representante de uma maioria cultural no Ocidente – uma mentalidade forjada na época da Cristandade e que ganhou uma vida nova durante a Guerra Fria, quando o Vaticano e as grandes potências ocidentais estavam fundamentalmente na mesma página. Isso não se adéqua mais para a paisagem cultural modificada do século XXI, diz ele – e a inabilidade das autoridades de alto escalão do Vaticano de se adaptarem a esse novo mundo é a força fundamental, argumenta, por trás de sua aparente desorientação.

A entrevista.

Seu livro parece mais forte no diagnóstico do que na cura. Você apresenta um argumento convincente de que o Vaticano não respondeu adequadamente a essa transição do catolicismo de maioria a minoria, mas você não explica realmente como seria um Vaticano capaz de responder a essa nova situação cultural.

Eu não estou surpreso com o que você diz, porque sou jornalista. Eu não sou um Papa, não sou um cardeal, não sou um intelectual. Tenho que analisar as origens dessa crise, mas não cabe a mim ditar as soluções.

Você deve ter algumas ideias a respeito.

Acho que o problema é uma das categorias intelectuais. É um problema de linguagem, de estar em sintonia com o mundo ocidental. Esse não é o caso neste momento. O Vaticano, claro, se orgulha de ser contracultural, mas às vezes eu acho que essa é uma forma de autoconsolação. Na verdade, eu acho que o Vaticano está certo quando diz que, no futuro, o Ocidente terá que retornar para a religião.

A questão é: qual religião? Será que o Vaticano vai estar lá no momento certo para responder às perguntas que as pessoas estarão se fazendo? Eu não tenho a resposta, mas posso dizer que há uma desconexão entre o Ocidente e o Vaticano do ponto de vista da linguagem. Não é o fato de os católicos serem uma minoria, mas sim de serem um modelo autorreferencial, não um modelo criativo, com nenhuma capacidade de expansão. É isso que eu temo. O risco é de dar voltas em si mesmo cada vez mais, divorciados do mundo externo.

Quanto da capacidade da Igreja de se comunicar com o mundo externo depende, na verdade, do Vaticano?

Muito, eu acho. Mas é importante dizer que o Vaticano não tem só um problema de comunicação externa – o problema também é interno. Todas as gafes, os mal entendidos, os erros dos últimos anos não foram realmente provocados pela falta de habilidades de comunicação com o mundo exterior. Essa é uma dimensão dela, mas o verdadeiro problema é que, dentro do Vaticano, a discussão não é livre e ampla o suficiente.

Você acha que não é tão simples quanto reformar as estruturas de comunicação.

Não, é reformar a máquina dentro do Vaticano. Eu acho que as decisões não são cuidadosa e suficientemente levadas em consideração, ou amplamente compartilhadas entre as pessoas do alto escalão. O caso do bispo que negou o Holocausto é um exemplo clássico, porque não foi fundamentalmente um problema de comunicação externa. Não foi estudado o suficiente, não foi discutido o suficiente, por isso o resultado não foi apenas um desastre externo, mas também a demonstração de que não há um profissionalismo real no Vaticano.

Vejamos outro exemplo: você não pode simplesmente dizer, como algumas autoridades do Vaticano, que a pedofilia está associada com a homossexualidade. É cientificamente incorreto. O que isso mostra é que há uma confusão cultural profunda [no Vaticano], e eles estão muitas vezes retrocedendo. Você tem que saber bem de um assunto antes de se atrever a falar sobre ele – você não pode simplesmente inventar. Houve uma verdadeira subestimação do que estava em jogo, já que as pessoas falavam sem qualquer preparação real. Foi impressionante como as reações foram amadoras, especialmente no começo.

Parece que o que você está dizendo é que o verdadeiro desafio é ter pessoas com profundidade cultural em posições-chave, antes de falarmos em mudar estruturas ou sistemas.

É isso aí. É um problema de cultura e de linguagem, porque a linguagem reflete a cultura. O problema não é simplesmente que você tem uma mensagem clara e não consegue comunicá-la corretamente. O problema é que, muitas vezes, a própria mensagem é confusa e desordenada.

Você diz que, para consertar tudo isso, provavelmente teremos que aguardar outro pontificado. Por quê?

Este pontificado tem sido muito difícil, porque foi preciso reconciliar a herança de João Paulo II e o fim da Guerra Fria com a necessidade de mudança. Isso é muito difícil. Bento XVI não herdou apenas a glória, mas também o fardo do pontificado de João Paulo. Por exemplo, ele teve que dar uma abordagem diferente para a crise dos abusos sexuais. Este Papa foi forçado a olhar para a frente e para trás ao mesmo tempo.

De certa forma, Bento XVI é o bode expiatório de uma situação histórica diferente. João Paulo II foi o último Papa da Guerra Fria, e ele era um homem profundamente da Guerra Fria. Este Papa foi o arquiteto intelectual do pontificado de João Paulo II, mas está sendo forçado a agir em um mundo pós-Guerra Fria. É um tempo de transição, e acho que ele está pagando por algo que ele não foi responsável. Ele tem sido subjugado por problemas não resolvidos do passado.

O seu livro também parece sugerir que ele está rodeado por um regime que, às vezes, é disfuncional.

Esse é um resultado do fato de que este é um tempo de transição. É preciso não esquecer que este Papa já era velho quando foi eleito e está cercado por pessoas em que confia, mas sem uma estratégia clara para o governo. O resultado é que algumas escolhas não foram felizes. Aqui está o quadro geral: o problema é que o Vaticano ainda é dominado por uma cultura moldada pela Guerra Fria, mas o mundo mudou.

O que os atentados das Torres Gêmeas foram para os Estados Unidos, os escândalos dos abusos sexuais são para a Igreja. As Torres Gêmeas significaram que o unilateralismo e a hegemonia militar norte-americanos haviam terminado, e os escândalos dos abusos sexuais significaram que o unipolarismo ético da Igreja Católica acabou. O Ocidente está em crise, de um ponto de vista militar, tecnológico, econômico e moral. Ambos os impérios paralelos hoje estão aprendendo mais interiormente, estão mais fracos e não colaboram um com o outro.

Há poucos anos, você escreveu um livro sobre as relações EUA-Vaticano. Como você vê essa relação hoje?

Em primeiro lugar, a relação foi delegada para os bispos dos EUA mais do que gerenciada pelo Vaticano. Em segundo lugar, tenho a impressão de que o governo Obama está muito bem informado sobre o que está acontecendo no Vaticano. Terceiro, eu acho que não há muita simpatia ou coincidência de opiniões sobre valores.

O que eu sempre ouço nos círculos do Vaticano é que Obama não tem uma cosmovisão religiosa. Há menos pontos de convergência do que no passado. Tanto o comunismo quanto o fundamentalismo islâmico aproximaram os EUA e o Vaticano uma vez, mas hoje o comunismo acabou e, como o Vaticano acusa silenciosamente os Estados Unidos por ter perdido terreno e credibilidade no mundo islâmico, ele sente que tem que manter a sua distância. Como resultado, os blocos de construção básicos da relação não existem mais.

No início, falava-se muito de uma parceria entre Vaticano-Obama na virada de página com o mundo islâmico. As pessoas indicavam, por exemplo, que os discursos de Bento XVI na Terra Santa, em 2009, e o discurso de Obama no Cairo eram notavelmente similares.

Eles eram semelhantes, mas a realidade é que Obama está sobrecarregado com problemas norte-americanos, e Bento está sobrecarregado com problemas católicos no Ocidente. Cada um deles tem crises internas que estão tentando resolver.

Você tem um capítulo sobre as lutas do cristianismo no Oriente Médio. Há algo que o Vaticano pode fazer de forma realista com relação a isso?

É muito difícil, porque o controle do Vaticano sobre essas realidades não é tão forte. Eles deveriam ter tido uma estratégia há mais tempo, porque acho que o declínio já era muito claro antes da guerra no Iraque, e a guerra apenas o acelerou. Eu sei que eles dizem para que pessoas fiquem, mas minha impressão é de que eles estão dizendo isso quasepro forma, porque eles sabem que a decisão de ficar, hoje, é quase heroica Não há mais nenhuma perspectiva real para eles.

Por que você acha que os cristãos no Ocidente são muito menos propensos a reagir quando outros cristãos são atacados do que, digamos, os judeus quando outros judeus são ameaçados, ou os muçulmanos quando outros muçulmanos estão com problemas?

Paradoxalmente, há uma profunda ignorância da presença cristã fora do Ocidente. Em segundo lugar, eles tendem a considerá-los em primeiro lugar como árabes, ou paquistaneses, ou indianos, e apenas em segundo lugar como cristãos. Nacionalidade, cultura e raça, muitas vezes, tendem a ser mais fortes do que a religião.

Há algum outro exemplo da sua afirmação de que os cristãos não se adaptaram a ser uma minoria? No Ocidente, os cristãos tendem a tomar por certa a sua identidade religiosa, de uma forma que os judeus e os muçulmanos não fazem. Por isso, o bem-estar dos cristãos em outras partes do mundo não mexe com as nossas almas da mesma forma.

Você está certo. Eu concordo com isso totalmente. Muitas desilusões dos católicos, e no Vaticano, dependem desse fato. Eles pensam como se fossem uma maioria. Quando Bento XVI diz que devemos nos comportar como uma minoria criativa – o que, na prática, significa muitas vezes que devemos nos comportar como os judeus fazem – pode parecer paradoxal, mas é uma intuição válida do que está acontecendo. (Tradução de Moisés Sbardelotto).

Fundamentalismo do Vaticano destrói as bases da tolerância.
março de 2009

Casos de padre pedófilo.

Comentários

  1. ola amigo passei blog seu adorei
    e estou te seguindo ta
    se quiser seguir o meu agradeço
    tenha um bom fds
    http://cleberbinhocomportamentos.blogspot.com/

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