Enem do servidor federal vai oferecer em 2024 mais de 7 mil vagas

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A partir de 2024 haverá uma prova nacional unificando o processo de seleção de servidores federais, um Enem dos Concursos”, como o objetivo de facilitar o acesso da população às provas, inclusive em cidades do interior. A primeira prova será realizada no dia 24 de fevereiro.  A estimativa de vagas é de mais 7 mil no primeiro ano do concurso, Provas serão simultaneamente em 179 cidades das 5 regiões Cada ministério poderá decidir se vai aderir a esse modelo ou fazer os concursos por conta própria. O exame acontecerá ao mesmo tempo em 179 municípios, sendo 39 na Região Norte, 50 no Nordeste, 18 no Centro-Oeste, 49 no Sudeste e 23 no Sul. Haverá duas provas no mesmo dia. Uma com questões objetivas, comum a todos, e outra com perguntas específicas e dissertativas, divididas por blocos temáticos. Os candidatos para Trabalho e Previdência farão a mesma segunda prova, por exemplo; já os candidatos para Administração e Finanças Públicas, outra. As vagas abrangem os seguintes setores: Administr

Grupo acha o mais antigo esqueleto de ancestral humano

por Reinaldo José Lopes, da Folha

Com 4,4 milhões de anos, apenas 1,2 metro e 50 kg, Ardi [na reprodução ao lado] não é exatamente uma beldade, mas antropólogos do mundo todo já caíram de amores por ela. O fóssil etíope, que acaba de ser apresentado à comunidade científica, é o retrato mais antigo e mais completo dos ancestrais da humanidade.

Ardi destrona outra fêmea famosa, Lucy, uma Australopithecus afarensis cerca de 1 milhão de anos mais jovem. Até agora, Lucy era o mais completo exemplar de ancestral primitivo do homem a ser achado.

A nova "moça" sugere um quadro inesperado sobre as origens humanas. Não se deixe iludir pelas semelhanças superficiais: os primeiros hominídeos, como são chamados esses predecessores do homem, não eram meros chimpanzés, mas criaturas com anatomia e hábitos bem distintos dos que se vê entre os grandes macacos africanos de hoje.

Os detalhes do corpo de Ardi e de seus parentes, membros da espécie Ardipithecus ramidus, mostram que tanto os chimpanzés quanto a linhagem humana passaram por grandes transformações desde que se separaram. "É exatamente o que Darwin previu sobre essas duas linhagens", declarou Tim White, da Universidade da Califórnia em Berkeley, que coordenou os estudos sobre Ardi.

White e companhia publicam suas conclusões sobre o fóssil e o ambiente onde vivia numa coleção de 11 artigos na revista especializada americana "Science". "É uma realização extraordinária, porque os fósseis foram achados originalmente em pedacinhos, que tiveram de ser reconstruídos com a ajuda da última palavra em computação gráfica", avalia John Fleagle, paleoantropólogo da Universidade de Stony Brook (EUA), que comentou a pesquisa a pedido da Folha.

Esse esforço todo começou em meados dos anos 1990 e só terminou agora. Hoje, a equipe de pesquisa pode afirmar com confiança que Ardi era uma primata que, no chão, andava com duas pernas, mas também era capaz de escalar árvores e andar por elas como quadrúpede, apoiando-se nas palmas de suas mãos e pés. Para conseguir isso, os dedões do pé eram capazes de agarrar objetos, como os polegares humanos, e as mãos podiam se voltar bastante para trás, com as palmas para cima, facilitando a tarefa de se prender aos galhos.

Ao mesmo tempo, porém, a fêmea e seus parentes não estavam adaptados a ficar se balançando de galho em galho nem caminhavam apoiados sobre os nós dos dedos, duas características que definem os chimpanzés. "É uma mudança enorme diante das visões atuais", diz Fleagle. "Todo mundo achava que, quanto mais antigos os fósseis, mais os hominídeos seriam parecidos com os chimpanzés de hoje", diz ele.

Completando o pacote de traços inesperados, os dentes caninos dos machos de A. ramidus são modestos, e o tamanho deles e das fêmeas é igual, o que indica uma espécie relativamente pacífica, diferente dos agressivos chimpanzés.

Hominídeo macho de há 2 milhões de anos era 'caseiro', diz estudo.
junho de 2011>pre>

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