Enem do servidor federal vai oferecer em 2024 mais de 7 mil vagas

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A partir de 2024 haverá uma prova nacional unificando o processo de seleção de servidores federais, um Enem dos Concursos”, como o objetivo de facilitar o acesso da população às provas, inclusive em cidades do interior. A primeira prova será realizada no dia 24 de fevereiro.  A estimativa de vagas é de mais 7 mil no primeiro ano do concurso, Provas serão simultaneamente em 179 cidades das 5 regiões Cada ministério poderá decidir se vai aderir a esse modelo ou fazer os concursos por conta própria. O exame acontecerá ao mesmo tempo em 179 municípios, sendo 39 na Região Norte, 50 no Nordeste, 18 no Centro-Oeste, 49 no Sudeste e 23 no Sul. Haverá duas provas no mesmo dia. Uma com questões objetivas, comum a todos, e outra com perguntas específicas e dissertativas, divididas por blocos temáticos. Os candidatos para Trabalho e Previdência farão a mesma segunda prova, por exemplo; já os candidatos para Administração e Finanças Públicas, outra. As vagas abrangem os seguintes setores: Administr

A mimada Greta Thunberg é o novo fetiche dos inteligentinhos

por Luiz Felipe Pondé

O mundo contemporâneo é ridículo. Já sabemos disso. Cheio de ruídos, histeria e fetiches. Se a ciência é o fetiche da burguesia (Adorno), Greta Thunberg é o novo fetiche dos inteligentinhos.

Não se trata de entrar nos esquemas paranoicos de quem acha que ela seja financiada pelo big business verde. Quem duvida que não se deve torrar a Amazônia é mal informado.

Muito menos se trata de achar que Emmanuel Macron queira tomar a Amazônia para construir uma
fábrica de croissant.

Trata-se de perceber que a pequena menina sueca que não vai à escola (afinal, escola para quê, né?) presta um desserviço a quem se preocupa com as condições ambientais de fato. Sua histeria raivosa clara é coisa de criança mimada.

Há aqueles que dizem que a pequena Joana D’Arc numa versão gourmet (com a diferença, entre outras, que a verdadeira Joana D’Arc foi queimada em nome do que acreditava, e Greta quer
queimar o mundo todo em nome de ter uma desculpa para não ir à escola) pensa assim (refiro-me a seu desprezo pelo crescimento econômico global) porque vive e foi educada num ambiente em que o dinheiro não era o mais importante. Risadas?

Só há um tipo de ambiente onde o dinheiro não é o mais importante. Um ambiente onde sobra dinheiro.

A pequena sueca cresceu num ambiente onde sobra dinheiro. A Escandinávia é um parque temático que produziu a Greta como sua Branca de Neve raivosa.

Proponho que ela e seus seguidores enfrentem a China no seu mimimi raivoso chique. A China vai comer com farinha essa discussão gourmet criada a pão de ló.

Um jovem, por definição, entende pouco do mundo. O que prova essa tese, entre outras coisas, é que é muito mais fácil sair em ambientes seguros xingando todo mundo do que enfrentar o dia a dia de uma adolescente comum.

Como sempre digo, os jovens que querem salvar o mundo (muitas vezes aplaudidos por pais tão infantis quanto eles) preferem salvar o mundo do que arrumar seu próprio quarto. Metaforicamente, diria que a mimada Greta é um caso paradigmático de uma civilização que elegeu o modo Nutella de ser como seu horizonte.

Infelizmente, essa criança está sendo cultuada como símbolo do que há de mais ridículo no mundo contemporâneo: uma revolta feita para o Instagram.

Outra prova é o número de Gretas que estão aparecendo por toda parte. As redes sociais, na sua ambivalência característica, serve de cultura (como no caso de cultura de bactérias) para esse crescimento genérico.

Não tenho dúvida que o crescimento econômico é uma questão séria e que seus efeitos colaterais podem nos ser perversos. O problema é que a única solução seria que a população fosse reduzida a um terço do que ela é hoje. Quem vai matar os dois terços restantes para sermos sustentáveis e fofos? Será que os seguidores da Greta topariam a empreitada?

Este texto foi publicado originalmente na Folha de S. Paulo.

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