A IA está prestes a alterar radicalmente as estruturas de comando militar que não mudaram muito desde o exército de Napoleão

Apesar de dois séculos de evolução, a estrutura de um estado-maior militar moderno seria reconhecível por Napoleão. Ao mesmo tempo, as organizações militares têm lutado para incorporar novas tecnologias à medida que se adaptam a novos domínios — ar, espaço e informação — na guerra moderna. Benjamin Jensen professor de Estudos Estratégicos na Escola de Combate Avançado da Universidade do Corpo de Fuzileiros Navais dos Estados Unidos The Conversation plataforma de informação produzida por acadêmicos e jornalistas O tamanho dos quartéis-generais militares aumentou para acomodar os fluxos de informação e os pontos de decisão expandidos dessas novas facetas da guerra. O resultado é a diminuição dos retornos marginais e um pesadelo de coordenação — muitos cozinheiros na cozinha — que corre o risco de comprometer o comando da missão. Agentes de IA — softwares autônomos e orientados a objetivos, alimentados por grandes modelos de linguagem — podem automatizar tarefas rotineiras da equipe, redu...

Primeira bispa luterana renuncia por ter encoberto caso de pedofilia

do Corriere della Sera, em 16 de julho de 2010

Maria Jepsen (foto) subestimou as denúncias de pedofilia em 1999. Mentiu sobre o conhecimento dos abusos: "Não sou mais confiável. Não posso mais anunciar a boa nova".

Ela tinha escrito uma página da história, em 1992, quando havia sido a primeira mulher do mundo a ser eleita bispa da Igreja Luterana. Nesta quinta-feira, Maria Jepsen, 65 anos, escreveu uma nova página, mais modesta e triste: é a primeira pessoa do episcopado protestante alemão a renunciar por ter encoberto e subestimado um caso de violência sexual ocorrido na sua diocese.

"A minha credibilidade foi colocada em discussão", disse Jepsen, bispa de Hamburgo. "Consequentemente, não me vejo na condição de anunciar a boa nova, como havia prometido diante de Deus".

É a confirmação de que a longa série de violência e abusos sexuais denunciados naAlemanha nos últimos meses não se referem apenas à Igreja Católica – que viu a renúncia do bispo de Augsburg, Walter Mixa –, mas também a outras partes do sistema que cuida dos jovens, incluindo protestantes e institutos educacionais não confessionais.

O caso que levou à renúncia de Frau Jepsen se refere a uma série de violências sexuais cometidas nos anos 70 e 80 por um pastor de Ahrensburg, no norte da Alemanha,Dieter K. Segundo algumas testemunhas, K. teria abusado de uma série de meninos e meninas, talvez também de três de seus afilhados: faziam parte de um grupo de jovens que o seguia.

Nas últimas semanas, Jepsen havia defendido que havia tomado conhecimento das acusações só em março e que havia, consequentemente, ordenado uma investigação. Na realidade, com base em uma investigação da revista Der Spiegel, ficou-se sabendo depois que o caso já havia sido apresentado a ela em 1999, e a bispa de Hamburgo o havia subestimado e tratou-o de modo indeciso e lento. Renunciou, portanto, por não ter agido quando e como devia, assim como por ter mentido.

Para a Igreja Evangélica alemã e para as mulheres comprometidas nela, é um golpe duro, que ocorre depois da renúncia, há alguns meses, de Margot Kässmann, embora por razões totalmente diferentes. Eleita há pouco tempo como presidente das Igrejas Evangélicas alemãs, primeira mulher nesse cargo, Frau Kässmann foi pega no volante de um carro em estado de embriaguez, depois de ter passado pelo sinal vermelho. Menos grave do que acobertar um abuso sexual. Mas ela também se sentiu no dever de renunciar. (Tradução  de Moisés Sbardelotto para o IHU On-Line)

> Polícia prende pastor que engravidou adolescentes 'escolhidas por Deus'. (julho de 2010)

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