Enem do servidor federal vai oferecer em 2024 mais de 7 mil vagas

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A partir de 2024 haverá uma prova nacional unificando o processo de seleção de servidores federais, um Enem dos Concursos”, como o objetivo de facilitar o acesso da população às provas, inclusive em cidades do interior. A primeira prova será realizada no dia 24 de fevereiro.  A estimativa de vagas é de mais 7 mil no primeiro ano do concurso, Provas serão simultaneamente em 179 cidades das 5 regiões Cada ministério poderá decidir se vai aderir a esse modelo ou fazer os concursos por conta própria. O exame acontecerá ao mesmo tempo em 179 municípios, sendo 39 na Região Norte, 50 no Nordeste, 18 no Centro-Oeste, 49 no Sudeste e 23 no Sul. Haverá duas provas no mesmo dia. Uma com questões objetivas, comum a todos, e outra com perguntas específicas e dissertativas, divididas por blocos temáticos. Os candidatos para Trabalho e Previdência farão a mesma segunda prova, por exemplo; já os candidatos para Administração e Finanças Públicas, outra. As vagas abrangem os seguintes setores: Administr

Estudo liga câncer na boca a sexo oral com várias pessoas

por Ricardo Mioto, da Folha

Um vírus sexualmente transmissível e tradicionalmente ligado a câncer no pênis, ânus e colo do útero está sendo relacionado cada vez mais, também, a tumores na boca. A explicação para a maior presença do HPV (papilomavírus humano) nos casos desses cânceres é o aumento da prática de sexo oral nas últimas décadas, em especial entre jovens. Em 2005, 55% dos garotos e 54% das garotas entre 15 e 19 anos já tinham experimentado essa modalidade, segundo o Centro Nacional de Estatísticas da Saúde dos EUA.

Nas décadas de 1940 e 1950, é claro, os estudos de Alfred Kinsey, pioneiro no mapeamento dos hábitos sexuais dos americanos, indicavam números bastante diferentes. Apenas 10% dos homens e 19% das mulheres daquela época disseram ter praticado sexo oral antes do casamento -apesar de menos de 50% das mulheres e de 33% dos homens terem casado virgens.

Com isso, se tornaram mais frequentes, a partir do pós-guerra até hoje, os casos de câncer na base da língua, na amígdala e até em partes do pescoço, que surgem a partir de lesões causadas pelo HPV. Essas conclusões estão em um artigo de opinião publicado em março no "British Medical Journal" pela equipe do médico Hisham Mehanna, do Hospital Universitário de Coventry, no Reino Unido.

Aumento do risco

Ele relata um trabalho com mais de 10 mil voluntários. A conclusão: quem já tinha feito sexo oral com quatro ou mais pessoas tinha uma chance mais de três vezes maior de ter câncer na orofaringe (que começa na raiz da língua e vai até a faringe) do que quem não tinha.

Outro estudo citado por Mehanna foi feito na Suécia por quase 40 anos. Ele envolveu procurar pelo HPV em biópsias de tumores retirados da orofaringe. Nos anos 1970, o vírus foi encontrado em apenas 23% dos tumores. Em 2006 e 2007, foi achado em 93%.

Como o número de casos de câncer na orofaringe está crescendo, e não diminuindo, é possível concluir que o HPV nunca antes causou tantos tumores na boca e adjacências.

Sem neurose

Não há motivo, porém, para desespero, diz a médica Eliane Pedra Dias, da Universidade Federal Fluminense. Ela deu uma palestra sobre lesões orais no Simpósio Internacional de HPV, organizado na semana passada pela Fiocruz, no Rio. "É importante não criar neuroses. Sexo é uma coisa que é para ser boa."

A maioria das pessoas serão infectadas pelo HPV em algum momento das suas vidas. E, em geral, o vírus vai embora sem deixar nenhuma lesão. Segundo Dias, é importante lembrar, também, que as pesquisas sobre a relação entre HPV e câncer na boca não estão totalmente consolidadas.

"Os mecanismos de infecção ainda não são totalmente conhecidos. Embora também seja uma mucosa como a genital, as características do ambiente e a resposta imune das duas regiões são bem diferentes." "Mais pesquisas precisam ser feitas", concorda Mehanna.

Já existem vacinas contra o HPV. Ainda se discute se vale a pena incluí-las no Programa Nacional de Imunização. Ela é cara (o valor chega às centenas de reais por unidade) e os cientistas ainda questionam a abrangência da sua eficiência.

Por enquanto, afirma Dias, o mais importante são exames periódicos na boca, porque as lesões iniciais são pouco perceptíveis e o diagnóstico acaba acontecendo quando o tumor já está em estágio avançado. "O médico olha direto para a garganta e o dentista, apenas para os dentes", brinca.

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