A IA está prestes a alterar radicalmente as estruturas de comando militar que não mudaram muito desde o exército de Napoleão

Apesar de dois séculos de evolução, a estrutura de um estado-maior militar moderno seria reconhecível por Napoleão. Ao mesmo tempo, as organizações militares têm lutado para incorporar novas tecnologias à medida que se adaptam a novos domínios — ar, espaço e informação — na guerra moderna. Benjamin Jensen professor de Estudos Estratégicos na Escola de Combate Avançado da Universidade do Corpo de Fuzileiros Navais dos Estados Unidos The Conversation plataforma de informação produzida por acadêmicos e jornalistas O tamanho dos quartéis-generais militares aumentou para acomodar os fluxos de informação e os pontos de decisão expandidos dessas novas facetas da guerra. O resultado é a diminuição dos retornos marginais e um pesadelo de coordenação — muitos cozinheiros na cozinha — que corre o risco de comprometer o comando da missão. Agentes de IA — softwares autônomos e orientados a objetivos, alimentados por grandes modelos de linguagem — podem automatizar tarefas rotineiras da equipe, redu...

13% dos brasileiros são obesos, diz Ministério da Saúde

 

obesidade

Da Folha

Embora o sedentarismo no Brasil tenha diminuído entre 2006 e 2008, a proporção de obesos no país continua crescendo. Essa é uma das principais conclusões de pesquisa do Ministério da Saúde feita por telefone em 27 capitais.

Para chegar aos resultados, foi calculado o IMC (Índice de Massa Corporal) dos entrevistados, que é o resultado da divisão do peso pela altura elevada ao quadrado. Considera-se que quem tem um índice maior do que 25 tem excesso de peso, e quem está acima de 30 é obeso.

O levantamento constatou que 43,3% dos moradores das capitais têm excesso de peso.
Dentro desse percentual, estão os 13% de obesos, que, três anos antes, representavam 11,4% da população. Porto Alegre é a capital brasileira com mais pessoas nessa situação.
A pesquisa do ministério ouviu 54 mil pessoas. Foram feitos cálculos para que não fossem distorcidas as estimativas em capitais com baixa cobertura de telefonia fixa, mas a pasta não descarta que parte dos habitantes dessas cidades possa estar excluída das estatísticas.

A alta da obesidade é creditada a uma mudança nos hábitos alimentares dos brasileiros, que cada vez mais comem fora de casa. Mesmo que seja preocupante, o índice ainda está em patamar inferior ao de outros países. Nos EUA, onde também é feita uma pesquisa por telefone, foi constatado praticamente o dobro do índice de obesos.

Um dado considerado alentador pelo Ministério da Saúde foi uma redução do sedentarismo e o aumento do consumo de frutas e hortaliças. De modo geral, constatou-se que as mulheres se alimentam melhor.

Por outro lado, aumentou outro fator relacionado a doenças e mortes violentas: o consumo abusivo de álcool. Em 2006, o problema alcançava 16,1% da população e hoje chega a 19%.

O ritmo de crescimento é mais rápido entre as mulheres: entre elas, a proporção cresceu 30% nos três anos; entre os homens, 18%. Outra singularidade em relação ao consumo de álcool pelas mulheres é que ele é mais presente entre as que têm maior escolaridade, o que não ocorre entre os homens.

Considerou-se abusivo o consumo em uma única ocasião no mês de mais de quatro doses de bebida alcoólica, para as mulheres, ou mais de cinco no caso dos homens.
Em relação ao tabagismo, a pesquisa mostra queda no número de fumantes, de 16,2% da população das capitais em 2006 para 15,2% em 2008.

Em 1989, uma pesquisa nacional apontava que 34,8% dos brasileiros fumavam. Entre as capitais, São Paulo é a que tem a maior proporção de fumantes.

Sedentarismo é fenômeno típico de grandes metrópoles

O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, afirmou ontem que o baixo percentual de praticantes de atividade física em São Paulo e no Rio de Janeiro, verificado em pesquisa realizada pelo ministério, é típico de grandes metrópoles, onde predominam novos hábitos de alimentação e de consumo.

No ano passado, apenas 12,1% dos moradores de São Paulo faziam exercícios regularmente. No Rio, o percentual era de 15,9%. A média do país foi de 16,4%. Em comparação aos resultados verificados em anos anteriores, a pesquisa mostrou, em âmbito nacional, uma queda do sedentarismo.

"As grandes metrópoles têm esse problema: a introdução de novos hábitos, a questão da internet, da TV, a mudança do padrão de alimentação, o consumo de produtos semi-industrializados, em que você só precisa colocar no micro-ondas e apertar um botão... Tudo isso leva a um padrão de alimentação e sedentarismo muito danoso. Durante décadas você vai construindo esse padrão e depois vem a hipertensão, o diabetes, o infarto, com graves danos para você, sua família e o sistema de saúde porque isso é custo para o sistema", afirmou.

Temporão esteve ontem no Rio para o lançamento de uma campanha de estímulo à prática de atividade física e ao combate ao sedentarismo. Caminhadas foram realizadas em diversas cidades do país.

O Ministério investe hoje R$ 25 milhões anuais repassados para 450 municípios para medidas de apoio à prática de exercícios. O governo quer aumentar o valor para uma cifra em torno de R$ 60 milhões até 2011 e alcançar um total de mil municípios.

Temporão afirmou que o país poderia evitar 260 mil mortes por ano caso a população adotasse hábitos mais saudáveis, como alimentação balanceada e prática regular de exercícios. O Ministério da Saúde considera como padrão a prática de atividades leves por 30 minutos cinco vezes por semana ou de atividades vigorosas por pelo menos 20 minutos em três dias da semana.

"Uma simples caminhada é uma atividade importante, correr atrás do neto, fazer sexo é uma atividade boa para a saúde, sempre com proteção", afirmou Temporão.

> Idec confirma que fast-food causa dano à saúde da criança. (agosto de 2008)

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