A IA está prestes a alterar radicalmente as estruturas de comando militar que não mudaram muito desde o exército de Napoleão

Apesar de dois séculos de evolução, a estrutura de um estado-maior militar moderno seria reconhecível por Napoleão. Ao mesmo tempo, as organizações militares têm lutado para incorporar novas tecnologias à medida que se adaptam a novos domínios — ar, espaço e informação — na guerra moderna. Benjamin Jensen professor de Estudos Estratégicos na Escola de Combate Avançado da Universidade do Corpo de Fuzileiros Navais dos Estados Unidos The Conversation plataforma de informação produzida por acadêmicos e jornalistas O tamanho dos quartéis-generais militares aumentou para acomodar os fluxos de informação e os pontos de decisão expandidos dessas novas facetas da guerra. O resultado é a diminuição dos retornos marginais e um pesadelo de coordenação — muitos cozinheiros na cozinha — que corre o risco de comprometer o comando da missão. Agentes de IA — softwares autônomos e orientados a objetivos, alimentados por grandes modelos de linguagem — podem automatizar tarefas rotineiras da equipe, redu...

Brasil se mantém em 70º no IDH e é ultrapassado por Venezuela

Do Estado de S. Paulo

O Brasil apresentou uma leve melhora, mas manteve a 70ª posição no ranking do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), divulgado nesta quinta-feira, 18. O levantamento leva em conta dados socioeconômicos de 179 países e índice varia de 0 a 1. Quanto mais próximo de 1, melhor é o resultado. De acordo com os números, o Brasil atingiu IDH de 0,802 em 2005 e de 0,807 em 2006, ficando em 70º nos dois anos.

Em relação ao ranking passado, o Brasil foi ultrapassado pela Venezuela (61º no ranking, IDH de 0,826), que subiu 13 posições; pela ilha de Santa Lúcia, nas Antilhas (66º, IDH de 0,821); e pela entrada de duas novas nações na lista: Montenegro e Sérvia (64º e 65 º, respectivamente). Em compensação, ultrapassou quatro nações: Rússia, Ilhas Maurício, Bósnia Herzegovina e Tonga.

Com a pontuação obtida no levantamento, o Brasil continua a integrar a lista, hoje já não mais tão seleta, de nações que alcançam alto IDH, acima de 0,800, o que significa boas condições de renda, saúde e educação. A mais nova revisão de metodologia feita pelo Pnud, dessa vez atualizando a contagem do Produto Interno Bruto Internacional, ajudou a inchar a categoria mais alta do IDH e subir de posições países como Venezuela, Equador e Casaquistão. Com critérios cada vez mais brandos, a lista de países com alto IDH, que na década de 90 reunia não mais do que 35 nomes, hoje conta com 75 integrantes.

Na América Latina, 12 países têm desempenho superior ao IDH brasileiro, entre eles Chile (40º no ranking, IDH de 0,874) , Argentina (46º, IDH de 0,860), Uruguai (47º, IDH de 0,859), México (51º, IDH de 0,842) e Venezuela. Outras 16 nações da região ficam abaixo do Brasil no ranking, como Colômbia (80º, IDH de 787), Paraguai (98º, IDH de 0,752), Bolívia (111º, IDH de 0,723) e Haiti (148º, IDH de 0,521).

A mudança feita para o relatório deste ano atualizou os preços comparativos internacionais em mais de 146 países. Até o relatório do ano passado, os dados de poder de compra usados para efeito de comparação do PIB eram baseados em preços coletados em 1993. O estudo atualizou os preços para 2005, incluindo países que não participavam dessa análise, como a China. Com isso, o PIB de 70 países caiu e o de 60 países subiu.

Os países exportadores de Petróleo foram os maiores beneficiados com a mudança de critérios, por causa do aumento do preço do produto nos últimos anos. De acordo com o relatório, o crescimento do PIB foi de 30% ou mais nos países do Golfo Pérsico, Angola, Nigéria e também Venezuela. O coordenador do IDH no Brasil, Flavio Comim, explica que a receita extra gerada pelo petróleo permitiu ao governo Chávez subsidiar preços de vários produtos, provocando assim um aumento do poder de compra da população.

Na América Latina, a revisão provocou um impacto significativo. A Argentina, por exemplo, caiu 8 pontos no ranking, passando agora para a 46ª colocação. Perde, também, a liderança para o Chile na região. O Equador chegou a subir 17 posições no ranking apenas por conta da revisão do PIB. (Lisandra Paraguassú e Lígia Formenti)

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