A IA está prestes a alterar radicalmente as estruturas de comando militar que não mudaram muito desde o exército de Napoleão

Apesar de dois séculos de evolução, a estrutura de um estado-maior militar moderno seria reconhecível por Napoleão. Ao mesmo tempo, as organizações militares têm lutado para incorporar novas tecnologias à medida que se adaptam a novos domínios — ar, espaço e informação — na guerra moderna. Benjamin Jensen professor de Estudos Estratégicos na Escola de Combate Avançado da Universidade do Corpo de Fuzileiros Navais dos Estados Unidos The Conversation plataforma de informação produzida por acadêmicos e jornalistas O tamanho dos quartéis-generais militares aumentou para acomodar os fluxos de informação e os pontos de decisão expandidos dessas novas facetas da guerra. O resultado é a diminuição dos retornos marginais e um pesadelo de coordenação — muitos cozinheiros na cozinha — que corre o risco de comprometer o comando da missão. Agentes de IA — softwares autônomos e orientados a objetivos, alimentados por grandes modelos de linguagem — podem automatizar tarefas rotineiras da equipe, redu...

População brasileira pára de crescer em 2039

Da Reuters

A população brasileira vai parar de crescer a partir de 2039, segundo projeções do IBGE divulgadas nessa quinta-feira, uma tendência que colocará o país na oitava posição das nações mais populosas do mundo, deixando o quinto lugar que ocupa atualmente.

A queda na fecundidade e o aumento da esperança de vida aparecem como dois dos principais fatores para o fenômeno conhecido como "crescimento zero".

A estimativa do IBGE aponta que a população brasileira alcançará o pico de 219,124 milhões de habitantes em 2039, e a partir dessa data, haverá uma redução populacional gradativa.

A previsão é que em 2050 o Brasil tenha 215,287 milhões de pessoas. "O Brasil perderá o posto de quinto país mais populoso do mundo e cairá para a oitava posição em 2050, ultrapassado por Paquistão, Bangladesh e Nigéria", disse no estudo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A população atual do país é de 187,641 milhões de pessoas, de acordo com dados do IBGE, o que coloca o Brasil atrás de China, Índia, Estados Unidos e Indonésia no ranking dos países mais populosos do mundo.

A taxa de fecundidade no país, que foi de 5,3 filhos por mulher na década de 1970 e hoje está em 1,86 filho, começará a estacionar em 1,5 filho por mulher a partir de 2028, segundo o levantamento.

A estimativa é que esse padrão se mantenha até 2050. "A fecundidade no Brasil foi diminuindo ao longo dos anos basicamente como consequência das transformações ocorridas na sociedade brasileira", segundo o IBGE.

Segundo o instituto, a população brasileira cresceu em 2008 1,05 por cento e, em 2050, poderá diminuir 0,291 por cento.

"O crescimento zero será alcançado por volta de 2039, apresentando a partir daí taxas de crescimento negativas, o que acarretará em declínios absolutos do volume da população", aponta o IBGE.

A redução da mortalidade infantil no Brasil também deve apresentar avanços nos próximos anos. A taxa, que chegou a 69,1 mortos por mil nascimentos, já baixou para 23,30 em 2008. A previsão do IBGE é que a mortalidade infantil cairá para 18,2 óbitos de menores de 1 ano para cada mil nascidos vivos até 2015.

O aumento da escolaridade feminina, percentual de domicílios com saneamento básico e maior acesso aos serviços de saúde foram os principais fatores apontados pelo IBGE para a queda da mortalidade infantil.

Com a melhora nas condições de vida da população, a expectativa de vida no Brasil vai crescer ainda mais nos próximos anos, segundo o levantamento. Atualmente, está em 72,78 anos e passará para 81,29 anos, em 2050, o que deve gerar forte impacto no sistema previdenciário do país.

Ao nascer em 2050 a esperança de vida de um homem será de 78,2 anos e a de uma mulher, 84,5 anos. Atualmente, a expectativa está em 69,1 e 76,7, respectivamente. Em 2100, a esperança de vida de um brasileiro será de 84,3 anos.

Seguindo a tendência mundial de envelhecimento populacional, a estimativa é que em 2050, 6,3 por cento da população brasileira tenha mais de 80 anos, enquanto que hoje essa taxa é de 1,27 por cento. O total de jovens até 24 anos também encolherá de 44,57 por cento da população em 2008, para 23,60 por cento em 2050, influenciando a taxa de fecundidade.

"Em 2008, havia 24,7 idosos de 65 anos ou mais para cada grupo de 100 crianças e entre 2035 e 2040 a proporção de idosos seria 18 por cento maior que a de crianças, podendo chegar em 2050 a 100 para cada 172,7 idosos", afirmou o IBGE. (Por Rodrigo Viga Gaier)

> Fecundidade continua em queda e população fica mais velha. (outubro de 2008)

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