A IA está prestes a alterar radicalmente as estruturas de comando militar que não mudaram muito desde o exército de Napoleão

Apesar de dois séculos de evolução, a estrutura de um estado-maior militar moderno seria reconhecível por Napoleão. Ao mesmo tempo, as organizações militares têm lutado para incorporar novas tecnologias à medida que se adaptam a novos domínios — ar, espaço e informação — na guerra moderna. Benjamin Jensen professor de Estudos Estratégicos na Escola de Combate Avançado da Universidade do Corpo de Fuzileiros Navais dos Estados Unidos The Conversation plataforma de informação produzida por acadêmicos e jornalistas O tamanho dos quartéis-generais militares aumentou para acomodar os fluxos de informação e os pontos de decisão expandidos dessas novas facetas da guerra. O resultado é a diminuição dos retornos marginais e um pesadelo de coordenação — muitos cozinheiros na cozinha — que corre o risco de comprometer o comando da missão. Agentes de IA — softwares autônomos e orientados a objetivos, alimentados por grandes modelos de linguagem — podem automatizar tarefas rotineiras da equipe, redu...

Novo satélite detalhará oceanos com precisão de centímetros (G1)

Um satélite lançado nesta sexta-feira [20/6/2008] na Califórnia em uma iniciativa das agências espaciais dos Estados Unidos e da França (Nasa e CNES) vai estudar os oceanos do planeta, fazendo leituras com precisão maior do que quatro centímetros.

O satélite Jason-2 analisará não apenas o aumento no nível dos mares, mas também vai revelar como grandes massas de água estão se movimentando pelo planeta.

A informação será fundamental para ajudar as agências meteorológicas a fazer melhores previsões do tempo.

O Jason-2 vai fornecer um mapa topográfico de 95% das partes livres de gelo dos oceanos da Terra a cada dez dias.

Apesar de todos pensarem que os oceanos são planos, eles são marcados por "colinas" e "vales". A elevação é um parâmetro importante para oceanógrafos - a altura do oceano pode dar detalhes do comportamento do fundo das águas.

Os dados dão pistas para a temperatura e a salinidade. Quando combinadas com informações sobre a gravidade, também podem indicar a direção das correntes e a velocidade.

Os oceanos guardam grandes quantidades de calor do Sol e, como os mares movem energia pelo planeta e interagem com a atmosfera, também são o motor do sistema climático do planeta.

"O oceano constitui a memória de longo prazo do sistema climático, a escala de tempo na qual o oceano está mudando é a escala de tempo climática", afirma Mikael Rattenborg, diretor de operações da Eumetsat, organização européia dedicada ao estudo do clima a partir da órbita terrestre.

"Para compreender o clima, para prever a evolução da atmosfera nos próximos meses, anos e até décadas, é preciso entender o oceano", acrescentou.

Precisão

O satélite Jason-2 dá continuidade a um programa que começou em 1992 com a missão Topex/Poseidon. Até agora, o programa usava o satélite Jason-1, lançado em 2001.

O projeto registra dados globais para medir a altura dos oceanos via satélite. Apesar de outras espaçonaves conseguirem dados semelhantes, nenhuma delas consegue alcançar a precisão de Jason-1 e nenhuma conseguirá alcançar a precisão de Jason-2.

François Parisot, chefe de projeto do Jason-2 na Eumetsat, diz que a agência espera conseguir análises melhores mais próximas à costa e nas proximidades de rios.

"Não é uma revolução entre o Jason-1 e o Jason-2", afirmou. "É uma evolução, pois o principal objetivo é garantir a continuidade."

No coração da nova missão está o Poseidon 3, um altímetro que emite pulsos de microondas a partir da superfície do mar, constantemente. Ao cronometrar em quanto tempo o sinal faz a viagem de volta, o instrumento poderá determinar a altura da superfície do mar.

Tempestades

Segundo François Parisot, outra vantagem do Jason-2 é o fornecimento de informações em tempo real, disponíveis dentro de três horas a partir da coleta das medidas.

Isso será muito útil para prever tempestades. As informações vão ajudar meteorologistas a afirmar como uma tempestade pode ficar mais intensa e permitir alertas mais precisos.

As informações do Jason-2 também poderão fornecer informações que vão ajudar vários setores industriais a decidir quando as condições serão melhores para perfurações no fundo do mar ou para a colocação de cabos submarinos.

O satélite também poderá ajudar na navegação marítima.

"Agora que o preço de combustível está subindo, as companhias administradoras de navios querem economizar", diz Philippe Escudier, oceanógrafo espacial da CLS (Collecte Localisation Satellites), em Tolouse, na França.

"Com informações a respeito das correntes (marítimas), é possível escolher a rota para ir mais rápido e economizar até 5% de combustível", acrescenta Escudier.

Comentários