A IA está prestes a alterar radicalmente as estruturas de comando militar que não mudaram muito desde o exército de Napoleão

Apesar de dois séculos de evolução, a estrutura de um estado-maior militar moderno seria reconhecível por Napoleão. Ao mesmo tempo, as organizações militares têm lutado para incorporar novas tecnologias à medida que se adaptam a novos domínios — ar, espaço e informação — na guerra moderna. Benjamin Jensen professor de Estudos Estratégicos na Escola de Combate Avançado da Universidade do Corpo de Fuzileiros Navais dos Estados Unidos The Conversation plataforma de informação produzida por acadêmicos e jornalistas O tamanho dos quartéis-generais militares aumentou para acomodar os fluxos de informação e os pontos de decisão expandidos dessas novas facetas da guerra. O resultado é a diminuição dos retornos marginais e um pesadelo de coordenação — muitos cozinheiros na cozinha — que corre o risco de comprometer o comando da missão. Agentes de IA — softwares autônomos e orientados a objetivos, alimentados por grandes modelos de linguagem — podem automatizar tarefas rotineiras da equipe, redu...

Não há comida para todos, alerta a FAO

O colapso da agricultura devolveu à FAO ao primeiro plano e José María Sumpsi, o número dois da entidade, vê sinais de uma mudança histórica. E adverte que acabou a época dos excedentes de alimentos.

Ele concedeu uma entrevista ao jornal espanhol El País, 04-06-2008.

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Há 820 milhões de famintos. Como há 15 anos. Vocês fracassaram?

Foi o que disse Sarkozy. Erramos. Pensávamos que a agricultura era um assunto resolvido. Havia excedente há 15 anos. Agora vemos que não. A demanda cresceu e o sistema não agüentou.

Um tema clássico de oferta e procura?

Sim. Não se esperava que os países emergentes – China, Índia, Indonésia, Brasil – crescessem tanto, e cresceram a um ritmo anual de 10 a 12%. Isso produziu uma explosão de demanda. Não estávamos prontos para isso. Esse mundo novo começou a comer e de repente não há comida para todos.

Assim, os fatores que explicam o aumento dos preços são uma fábula?

Numa situação de oferta e procura muito ajustada, qualquer circunstância (um furacão, o preço do petróleo) produz um cataclisma. O primeiro que se deve fazer é salvar a vida das pessoas. Repartir a comida. O segundo, criar as regras internacionais de comércio agrícola que evitem que cada país faça o que bem entender.

Mas acabar com o protecionismo não será fácil

Esta é a chave. Se o Primeiro Mundo começa a retirar os subsídios agrícola será o princípio de um mundo diferente. França e Espanha já defendem a regulação e essa idéia deve se impor. Alguns país dão sinais de levantar barreiras para a  exportação. Se China, Japão e Vietnã exportarão suas reservas de arroz, grande parte do problema se resolveria. De Roma não sairá um grande acordo, mas serão colocadas as bases para um futuro imediato.

A estrutura da ajuda internacional deve mudar.

E mudará. Ban Ki-moon está liderando um plano de ação. Não vai permitir solapamentos nem descoordenação. A ONU trabalhará de forma coordenada com o Banco Mundial, o FMI e OMC.

E as ONG?

Será feito um plano global de ação e nos 45 ou 50 países prioritários se formarão equipes entre Governos, setor privado e ONG para levar a ajuda.

Assim, estamos ante uma revolução da cooperação.

Mais alguns meses e se verá. Em pouco tempo haverá menos famintos.

Lula tem razão na sua defesa do etanol?

Em boa parte. E sua sacada ao falar de etanol bom e etanol ruim, como o colesterol, é genial. O bom é o seu, claro. Mas é verdade; é inovador e parece que é realmente ecológico.

Fonte: IDH OnLine.

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