A IA está prestes a alterar radicalmente as estruturas de comando militar que não mudaram muito desde o exército de Napoleão

Apesar de dois séculos de evolução, a estrutura de um estado-maior militar moderno seria reconhecível por Napoleão. Ao mesmo tempo, as organizações militares têm lutado para incorporar novas tecnologias à medida que se adaptam a novos domínios — ar, espaço e informação — na guerra moderna. Benjamin Jensen professor de Estudos Estratégicos na Escola de Combate Avançado da Universidade do Corpo de Fuzileiros Navais dos Estados Unidos The Conversation plataforma de informação produzida por acadêmicos e jornalistas O tamanho dos quartéis-generais militares aumentou para acomodar os fluxos de informação e os pontos de decisão expandidos dessas novas facetas da guerra. O resultado é a diminuição dos retornos marginais e um pesadelo de coordenação — muitos cozinheiros na cozinha — que corre o risco de comprometer o comando da missão. Agentes de IA — softwares autônomos e orientados a objetivos, alimentados por grandes modelos de linguagem — podem automatizar tarefas rotineiras da equipe, redu...

Na ditadura, argentina grávida teve que cavar a própria sepultura (Efe)

BUENOS AIRES - Uma jovem grávida teve que cavar sua própria sepultura antes de ser fuzilada durante a última ditadura argentina, revelou nesta quinta-feira, 19, um ex-agente policial ao depor no julgamento de oito ex-militares realizado na província de Córdoba (centro).

O ex-agente policial Carlos Beltrán disse que foi expulso dessa força de segurança por se negar a executar duas pessoas seqüestradas pela ditadura (1976-1983), entre elas uma jovem grávida, embora tenha dito que foi testemunha de seu fuzilamento, em 1977.

"Era noite quando os levamos em um caminhão Unimog a um monte e pediram-me que os fuzilasse. Neguei-me a fazê-lo, dizendo que isso era um assassinato", relatou o agora ex-agente policial.

Ele lembrou que fizeram as duas vítimas cavarem uma fossa e, quando estas se recusaram, outros agentes policiais precisaram cumprir a ordem.

"A menina ficou cansada e, quando tentou se reanimar, um deles tirou uma pistola e atirou nela até matá-la", contou Beltrán, antes de afirmar que os corpos foram "encharcados com combustíveis" e, em seguida, queimados.

"Nessa noite, deixaram-me sozinho no monte e fui chamado de covarde. Mais tarde, fui dado baixa da força", disse.

Carlos Beltrán foi uma das testemunhas que depôs nesta quinta-feira na 11ª audiência do julgamento do general reformado Luciano Benjamín Menéndez, um emblemático repressor do último regime de fato, e de outros sete ex-militares que atuaram sob seu comando na jurisdição do Terceiro Corpo do Exército.

O Tribunal Oral Federal Número 1 de Córdoba julga o assassinato, em 1977, dos militantes políticos Humberto Brandalisis, Ilda Palacios, Carlos Lajes e Raúl Cardozo.

Segundo o arquivo, todos eles foram seqüestrados em 1977, torturados durante um mês em um centro clandestino de detenção de Córdoba conhecido como La Pérola e, posteriormente, fuzilados.

De acordo com dados oficiais, 18 mil pessoas desapareceram na última ditadura militar argentina, embora as organizações de direitos humanos considerem que o número seja maior: 30 mil.

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