Enem do servidor federal vai oferecer em 2024 mais de 7 mil vagas

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A partir de 2024 haverá uma prova nacional unificando o processo de seleção de servidores federais, um Enem dos Concursos”, como o objetivo de facilitar o acesso da população às provas, inclusive em cidades do interior. A primeira prova será realizada no dia 24 de fevereiro.  A estimativa de vagas é de mais 7 mil no primeiro ano do concurso, Provas serão simultaneamente em 179 cidades das 5 regiões Cada ministério poderá decidir se vai aderir a esse modelo ou fazer os concursos por conta própria. O exame acontecerá ao mesmo tempo em 179 municípios, sendo 39 na Região Norte, 50 no Nordeste, 18 no Centro-Oeste, 49 no Sudeste e 23 no Sul. Haverá duas provas no mesmo dia. Uma com questões objetivas, comum a todos, e outra com perguntas específicas e dissertativas, divididas por blocos temáticos. Os candidatos para Trabalho e Previdência farão a mesma segunda prova, por exemplo; já os candidatos para Administração e Finanças Públicas, outra. As vagas abrangem os seguintes setores: Administr

Péres atuou como governista crítico e oposicionista duro (Folha)


ADRIANO CEOLIN
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

José Jefferson Carpinteiro Péres (foto) nasceu em 19 de março de 1932, em Manaus (AM), capital que o projetou para a política como homem que preferiu manter-se fiel aos seus princípios e não alinhar-se a ninguém. Ao longo de sua carreira política, atuou como governista crítico e oposicionista duro.

Teve só dois cargos eletivos: senador por 13 anos e vereador por seis. Eleito pela primeira vez em 1989, deu sustentação ao então prefeito de Manaus, Arthur Virgílio (PSDB), de quem era amigo pessoal.

Contudo, nunca o apoiou incondicionalmente. "Péres sempre fez aquele apoio crítico", contou Virgílio. "Quando havia algum projeto de interesse do Executivo e ele era contra, a gente estendia a sessão o máximo que podia para ele ir almoçar. Era muito metódico com a saúde, por isso estranhei essa morte repentina", afirmou o líder do PSDB no Senado.

Péres foi eleito senador pela primeira vez pelo PSDB, em 1994, quando Fernando Henrique Cardoso chegou à Presidência. Foi aos poucos assumindo posturas críticas que desgastaram sua relação com o partido. Sua amizade com Arthur Virgílio, à época secretário-geral tucano, sofreu abalos.

"Nossa relação nunca foi um mar de rosas, mas conseguimos, ao longo dos anos, manter boa convivência", contou. Segundo Virgílio, Péres adorava dançar e tinha um humor sutil.
A convite de Leonel Brizola, entrou para o PDT em 1999, quando acentuou a oposição a FHC. Em maio de 2001, Péres chamou o governo tucano de "abafador de investigações".

Um ano depois, Péres disputou a reeleição e apoiou o então candidato à Presidência Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no segundo turno. No primeiro ano de governo petista, integrou a base de sustentação. Rompeu já em 2004, após o escândalo Waldomiro Diniz, funcionário da Casa Civil ligado ao então ministro José Dirceu que foi flagrado recebendo propina.

Em 2006, quando a reeleição de Lula era dada como certa apesar de escândalos, Péres usou a tribuna para desabafar: "Este Congresso é a pior legislatura da qual já participei" . Na ocasião, chegou a dizer que nunca mais seria candidato.

Em 2007, quando relatou um dos processos de cassação contra o senador Renan Calheiros (PMDB-AL), ele foi alvo de denúncias incluídas em dossiê distribuído aos colegas. Ele teria sofrido processo nos anos 70 por participar de esquema de fraudes em uma siderúrgica; empregaria a mulher no seu gabinete; e teria usado passagens aéreas do Senado para uma amante. Péres pediu que fosse investigado e disse que não era "chantageável". "Ética, para mim, não é pose", afirmou.

> Morre Jefferson Péres, um dos poucos senadores éticos.

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