A IA está prestes a alterar radicalmente as estruturas de comando militar que não mudaram muito desde o exército de Napoleão

Apesar de dois séculos de evolução, a estrutura de um estado-maior militar moderno seria reconhecível por Napoleão. Ao mesmo tempo, as organizações militares têm lutado para incorporar novas tecnologias à medida que se adaptam a novos domínios — ar, espaço e informação — na guerra moderna. Benjamin Jensen professor de Estudos Estratégicos na Escola de Combate Avançado da Universidade do Corpo de Fuzileiros Navais dos Estados Unidos The Conversation plataforma de informação produzida por acadêmicos e jornalistas O tamanho dos quartéis-generais militares aumentou para acomodar os fluxos de informação e os pontos de decisão expandidos dessas novas facetas da guerra. O resultado é a diminuição dos retornos marginais e um pesadelo de coordenação — muitos cozinheiros na cozinha — que corre o risco de comprometer o comando da missão. Agentes de IA — softwares autônomos e orientados a objetivos, alimentados por grandes modelos de linguagem — podem automatizar tarefas rotineiras da equipe, redu...

Telejornais crescem até 46% com caso Isabella (Folha)

por Daniel Castro

O trágico caso Isabella está fazendo a felicidade dos telejornais. A audiência desses programas cresceu até 46% na primeira quinzena deste mês em relação ao mesmo período de março. Foi o caso do "Brasil Urgente" (Band). Outro jornal sensacionalista, o "Balanço Geral", da Record, cresceu 25%.

Anteontem, o "Jornal da Band" (crescimento de 24%) atingiu sua melhor média no ano: 7,5 pontos. O "Jornal Nacional" e o "Jornal da Record" aumentaram seus públicos em 9%. O "JN" saltou de 31,4 para 34,2 pontos. Atribui-se também ao caso Isabella as consecutivas lideranças da Record no período matutino.

O sucesso explica em parte o investimento na cobertura. A Globo mobilizou 18 repórteres, 8 produtores e 20 cinegrafistas. Eles fazem plantões permanentes, até de madrugada, em casas de parentes da menina e delegacias. Deram vários furos de reportagem.

Ontem, o "SP TV - 1ª Edição" dedicou mais de meia hora à história. No estúdio, os apresentadores entrevistavam o repórter Walmir Salaro _numa tática que lembra a Rede TV!.

No "Jornal Nacional", a cobertura chegou a ocupar 15 minutos e 20 segundos na edição da última terça, o equivalente a 37% do telejornal. Naquele dia, a emissora teve acesso ao inquérito. Anteontem, foram só quatro minutos (10,8%).

A Record informa ter deslocado para a cobertura 30 repórteres e produtores e 20 cinegrafistas. Sua cobertura, muitas vezes, esbarra no exagero.

Ontem, o "Balanço Geral" tinha em seu cenário uma cama, como se fosse a de Isabella. O apresentador manchava roupas com tinta vermelha e depois as lavava, para mostrar como age um produto usado por peritos para descobrir sangue. Já o "Fala que Eu Te Escuto", da Igreja Universal, "reconstituiu" o crime com atores.

Na Band, entre três e dez equipes (repórter mais cinegrafista) cobrem o caso, dependendo do noticiário, além de cinco produtores. Até o SBT priorizou Isabella. Mobilizou quatro repórteres e sete cinegrafistas. Parece pouco, mas é quase metade do time da emissora. O SBT tem apenas nove repórteres em São Paulo.

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