A IA está prestes a alterar radicalmente as estruturas de comando militar que não mudaram muito desde o exército de Napoleão

Apesar de dois séculos de evolução, a estrutura de um estado-maior militar moderno seria reconhecível por Napoleão. Ao mesmo tempo, as organizações militares têm lutado para incorporar novas tecnologias à medida que se adaptam a novos domínios — ar, espaço e informação — na guerra moderna. Benjamin Jensen professor de Estudos Estratégicos na Escola de Combate Avançado da Universidade do Corpo de Fuzileiros Navais dos Estados Unidos The Conversation plataforma de informação produzida por acadêmicos e jornalistas O tamanho dos quartéis-generais militares aumentou para acomodar os fluxos de informação e os pontos de decisão expandidos dessas novas facetas da guerra. O resultado é a diminuição dos retornos marginais e um pesadelo de coordenação — muitos cozinheiros na cozinha — que corre o risco de comprometer o comando da missão. Agentes de IA — softwares autônomos e orientados a objetivos, alimentados por grandes modelos de linguagem — podem automatizar tarefas rotineiras da equipe, redu...

Promotor reforça hipótese de crime no caso Isabella (G1)

Em entrevista coletiva, ele disse haver dúvidas sobre depoimento de casal

Pai e madrasta foram levados para delegacias distintas na noite de quinta (3)


por Silvia Ribeiro

O promotor Francisco José Taddei Cembranelli, que acompanha as investigações sobre a morte de Isabella Nardoni, de 5 anos, definiu, em entrevista coletiva na manhã desta sexta-feira (4), como "fantasiosos" trechos dos depoimentos dados pelo pai e a madrasta da menina à polícia.

“Existem muitas contradições dentro do inquérito, muitos pontos obscuros a serem esclarecidos”, afirmou. O promotor disse ainda que o casal não foi indiciado, referiu-se aos dois como "averiguados" e reforçou que a investigação deve ser feita com cautela.

O promotor afirma que detalhes contados pelo casal a testemunhas logo após o incidente não foram confirmados. Ele citou como exemplo a versão de que o apartamento havia sido arrombado. A perícia comprovou que não havia sinais de invasão no local. "O apartamento não foi arrombado, não havia ninguém dentro do apartamento", disse.

Outro ponto citado pelo promotor foi a omissão do casal nos depoimentos à polícia de que havia sangue na residência. Cembranelli afirma, com base no inquérito, que havia sangue na entrada do apartamento, na rede de proteção pela qual Isabella teria sido arremessada e no quarto dos irmãos.

Também de acordo com o promotor, foram anexados ao inquérito boletins de ocorrência relativos ao casal. Cembranelli não deu detalhes sobre o conteúdo dos B.Os, mas revelou que, entre eles, há um registro em que a mãe de Isabella diz ter sido ameaçada por Alexandre Nardoni.

O promotor afirmou ainda que, ao analisar o inquérito, viu contradições entre os depoimentos de Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá. Ele não descartou a possibilidade de realizar uma acareação entre testemunhas e averiguados, em relação aos pontos divergentes. Citando o sigilo do processo, ele não deu detalhes acerca das possíveis contradições.

Cembranelli, que acompanha as investigações, estima que o inquérito possa ser concluído antes do previsto.

Versões

O pai de Isabella, Alexandre Nardoni, e a mulher dele, Anna Carolina Jatobá, se entregaram à polícia na quinta-feira (3). No mesmo dia, os dois redigiram cartas reafirmando a própria inocência.

De acordo com o casal, no dia em que Isabella morreu a família voltava de um jantar. Alexandre teria subido primeiro, com a menina, que dormia, no colo e a deixado no quarto. Em seguida, teria retornado à garagem para ajudar a mulher dele, Anna Carolina, a subir com os outros dois filhos.

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