A IA está prestes a alterar radicalmente as estruturas de comando militar que não mudaram muito desde o exército de Napoleão

Apesar de dois séculos de evolução, a estrutura de um estado-maior militar moderno seria reconhecível por Napoleão. Ao mesmo tempo, as organizações militares têm lutado para incorporar novas tecnologias à medida que se adaptam a novos domínios — ar, espaço e informação — na guerra moderna. Benjamin Jensen professor de Estudos Estratégicos na Escola de Combate Avançado da Universidade do Corpo de Fuzileiros Navais dos Estados Unidos The Conversation plataforma de informação produzida por acadêmicos e jornalistas O tamanho dos quartéis-generais militares aumentou para acomodar os fluxos de informação e os pontos de decisão expandidos dessas novas facetas da guerra. O resultado é a diminuição dos retornos marginais e um pesadelo de coordenação — muitos cozinheiros na cozinha — que corre o risco de comprometer o comando da missão. Agentes de IA — softwares autônomos e orientados a objetivos, alimentados por grandes modelos de linguagem — podem automatizar tarefas rotineiras da equipe, redu...

À polícia pai de Isabella disse que mulher passava por uma fase difícil (Folha)

Depoimento de Alexandre Nardoni, a que a reportagem teve acesso, foi dado um dia depois da morte de Isabella

Anna Carolina Jatobá usava remédios após orientação médica, diz Nardoni; ela não conseguia dormir por causa do choro do filho menor


DO "AGORA"

Um dia após o assassinato da filha Isabella Nardoni, o pai da menina, Alexandre, disse à Polícia Civil de São Paulo, durante depoimento, que a mulher dele Anna Carolina Trotta Peixoto Jatobá, 24, estava passando por uma fase difícil por conta do choro do filho de 11 meses e que, por orientação médica, ela estava usando medicamentos.

Essa informação consta do depoimento ao qual a reportagem teve acesso, assim como boa parte do inquérito policial.

Segundo Nardoni disse à polícia, Anna Jatobá não conseguia dormir por conta do choro do filho e procurara uma médica, que lhe receitara dois remédios. Nardoni relatou que apenas um dos medicamentos prescritos foi comprado. Um deles, de acordo com o pai de Isabella, era o "Lexopran", que não consta no site da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).

Um medicamento de nome similar é o Lexapro, indicado para tratar depressão e transtornos do pânico e de ansiedade, segundo informações da Anvisa. Outro remédio de denominação parecida é o Lexotan, tranqüilizante indicado para ansiedade e agitação associadas a problemas psiquiátricos, como transtornos do humor e esquizofrenia.

Anna Jatobá afirmou à polícia que procurou um clínico-geral "há algum tempo" porque estava muito "chorosa". Segundo a madrasta de Isabella, a médica chegou a receitar um medicamento cujo o nome ela não se lembra.

No depoimento da madrasta Anna Carolina, consta que ela teve muitos desentendimentos com a mãe de Isabella, Ana Carolina Oliveira, 24, devido a ciúmes. "Algum tempo atrás, a situação se resolveu porque seu filho, de 3 anos, passou a estudar na mesma escola que Isabella", diz o depoimento.

Nardoni relatou à polícia que o último desentendimento que tivera com a mulher foi na semana anterior à da morte de Isabella. "Apenas em uma das brigas do casal ocorreu agressão física, chegando Anna a dar-lhe um tapa no braço", diz o depoimento.

Sobre o marido, revelou à polícia que Nardoni era "calmo até demais" e "que não gosta de discussões". Disse que ele era "muito presente, amável com Isabella". Ela admitiu à polícia que o marido já "deu palmadas" no filho Pietro em razão de suas "peraltices".

Briga

O inquérito tem depoimento de testemunhas que afirmaram à polícia que ouviram brigas, gritarias com palavrões e crises de ciúmes entre o casal Alexandre Nardoni e Anna Jatobá eram comuns. Moradores de um prédio onde o casal morava antes de se mudar para o edifício London (local do crime) relataram que a mulher chegou a quebrar o vidro de uma janela com as mãos durante uma discussão com o marido.

Ao menos cinco testemunhas contaram à polícia que o casal brigava constantemente. "As brigas entre o casal eram constantes e, coincidentemente, ocorriam justamente às sextas, sábados e domingos, quando a filha de Alexandre, Isabella, estava na companhia do casal", disse um dos moradores em depoimento à polícia.

Um dos relatos mostra que "eles discutiam muito, no apartamento e, inclusive, até por telefone" e que Jatobá "falava, [em] alto e em bom tom, proferindo palavras de baixo calão". Outro depoimento informa que "era de conhecimento da maioria [dos [condôminos] as constantes discussões entre o casal".

No início do ano, segundo duas testemunhas, uma briga entre o casal levou Jatobá a quebrar, com as mãos, o vidro da janela da lavanderia do apartamento. "O vidro (...) foi arrebentado e estilhaçou no salão de festas e na garagem do subsolo, fazendo um grande estrondo", informou uma testemunha à polícia.

> Caso Isabella.

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