A IA está prestes a alterar radicalmente as estruturas de comando militar que não mudaram muito desde o exército de Napoleão

Apesar de dois séculos de evolução, a estrutura de um estado-maior militar moderno seria reconhecível por Napoleão. Ao mesmo tempo, as organizações militares têm lutado para incorporar novas tecnologias à medida que se adaptam a novos domínios — ar, espaço e informação — na guerra moderna. Benjamin Jensen professor de Estudos Estratégicos na Escola de Combate Avançado da Universidade do Corpo de Fuzileiros Navais dos Estados Unidos The Conversation plataforma de informação produzida por acadêmicos e jornalistas O tamanho dos quartéis-generais militares aumentou para acomodar os fluxos de informação e os pontos de decisão expandidos dessas novas facetas da guerra. O resultado é a diminuição dos retornos marginais e um pesadelo de coordenação — muitos cozinheiros na cozinha — que corre o risco de comprometer o comando da missão. Agentes de IA — softwares autônomos e orientados a objetivos, alimentados por grandes modelos de linguagem — podem automatizar tarefas rotineiras da equipe, redu...

Pegada é compatível com calçado da madrasta de Isabella (Estadão)

Conclusão é do IC; polícia procura relacionar marca no lençol a demais indícios recolhidos no local do crime

por Bruno Tavares, Marcelo Godoy, Carina Flosi e Rodrigo Pereira

Peritos do Instituto de Criminalística (IC) concluíram que a pegada encontrada no lençol do quarto em que Isabella de Oliveira Nardoni, de 5 anos, foi jogada, na noite de 29 de março, é compatível com calçado de Anna Carolina Jatobá, de 24, madrasta da garota. Em depoimento, ela declarou que usava tamancos naquela noite e tirou-os assim que entrou no apartamento, deixando-os na cozinha.

Os policiais sabem que, isoladamente, a prova é frágil, mas o objetivo é relacionar essa informação aos indícios recolhidos no apartamento da Rua Santa Leocádia para tentar reconstituir a cena do crime e descobrir quem esteve no local quando a criança foi arremessada.

Duas informações são consideradas fundamentais: a mancha de sangue no lençol e as detectadas na calça jeans e numa camisa da madrasta. 'O cruzamento dessas provas será útil no momento em que tivermos de indicar quem possivelmente estava no quarto no momento em que a menina foi arremessada', disse um perito ao Estado.

Na avaliação do IC, a distância entre as gotas de sangue encontradas no quarto condiz com os passos de uma pessoa adulta. Como Isabella apresentava profundo corte na testa, os peritos desconfiam que alguém a carregou no colo.

Amanhã à tarde, as equipes do IC e do Instituto Médico-Legal (IML) destacadas para elucidar o caso vão se reunir para tirar as primeiras conclusões que constarão do laudo final. A previsão é de que o documento seja finalizado até sexta-feira, quando os exames de DNA deverão estar prontos.

Ontem à tarde, o advogado Ricardo Martins, um dos defensores de Anna Carolina e Alexandre Alves Nardoni, de 29 anos, esteve no 9º Distrito Policial (Carandiru) para entregar três peças de roupa: uma bata de Isabella, uma camisa verde de manga comprida da madrasta e uma camisa vermelha de gola alta e manga comprida, também de Anna Carolina. Segundo Martins, essas são as roupas que a madrasta e a menina vestiam quando estiveram no supermercado, em Guarulhos, cinco horas antes do crime.

De acordo com o advogado, Isabella trocou de roupa naquele sábado porque teria derramado refrigerante na bata, quando estava na casa dos pais da madrasta. Ao ser socorrida por bombeiros, a garota vestia camiseta de manga curta azul escura e calcinha branca e rosa.

A polícia também já sabe que Anna Carolina trocou a camisa verde por uma blusa preta no dia do crime. A peça foi apreendida na última quinta-feira. O advogado do casal não soube dizer em que momento ou porque Anna Carolina mudou de roupa. 'Estamos entregando essas roupas hoje (ontem), porque só agora a polícia requisitou', afirmou Martins. Ele assegurou que as peças não foram lavadas.

Rogério Neres de Souza, outro advogado de defesa, reclamou de a investigação focar apenas o casal e disse que pediria para a polícia buscar mais informações, como ouvir as cerca de 20 pessoas que a defesa quer como testemunhas.

> Caso Isabella.

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