A IA está prestes a alterar radicalmente as estruturas de comando militar que não mudaram muito desde o exército de Napoleão

Apesar de dois séculos de evolução, a estrutura de um estado-maior militar moderno seria reconhecível por Napoleão. Ao mesmo tempo, as organizações militares têm lutado para incorporar novas tecnologias à medida que se adaptam a novos domínios — ar, espaço e informação — na guerra moderna. Benjamin Jensen professor de Estudos Estratégicos na Escola de Combate Avançado da Universidade do Corpo de Fuzileiros Navais dos Estados Unidos The Conversation plataforma de informação produzida por acadêmicos e jornalistas O tamanho dos quartéis-generais militares aumentou para acomodar os fluxos de informação e os pontos de decisão expandidos dessas novas facetas da guerra. O resultado é a diminuição dos retornos marginais e um pesadelo de coordenação — muitos cozinheiros na cozinha — que corre o risco de comprometer o comando da missão. Agentes de IA — softwares autônomos e orientados a objetivos, alimentados por grandes modelos de linguagem — podem automatizar tarefas rotineiras da equipe, redu...

Caso Isabella: perícia aponta que assassino tinha pressa (Estadão)

Um só corte, com tesoura e faca, foi feito na tela por onde a menina caiu

Bruno Tavares e Marcelo Godoy

O criminoso tinha pressa. Quem matou Isabella de Oliveira Nardoni fez um único corte horizontal na tela de proteção do quarto de onde a menina caiu ou foi atirada, há uma semana, do 6ª andar do Edifício London. O instituto de Criminalística (IC) concluiu que dois instrumentos foram usados para cortar o nylon da tela: uma tesoura e uma faca com serra.

Os exames feitos pelos peritos do IC constataram que o assassino começou a cortar a tela de proteção da janela com um instrumento semelhante a uma tesoura, mas encontrou dificuldade e apanhou outro instrumento para concluir o corte. Um microscópio eletrônico está analisando duas facas encontradas em uma gaveta do apartamento. O nylon pode ter deixado polímeros na serra da faca. “A tela não se rompeu por acidente”, afirmou um dos peritos.

A perícia recebeu ontem uma amostra de sangue de Isabella para compará-la com as manchas de sangue encontradas no lençol de uma das camas, na maçaneta de uma das portas e no carro de Alexandre Carlos Nardoni, de 29, o pai de Isabella. O exame de DNA para apontar de quem é o sangue achado será feito na próxima semana.

Só depois de ter o resultado desse exame e com as informações obtidas pelo exame do corpo de Isabella feito pelo Instituto Médico-Legal (IML) é que a reconstituição do caso será feita - o que os peritos fizeram anteontem foi a complementação do exame do local do crime. Para a reconstituição, o casal Alexandre a Anna Carolina Trotta Peixoto Jatobá, de 24 anos, será levado até o prédio em que moravam para mostrar aos peritos sua versão, que será confrontada com as provas.

No fim da manhã de ontem, os peritos do IC estiveram novamente no local do crime: Edifício Residencial London, na Vila Mazzei, zona norte de São Paulo. O objetivo era fazer novas fotografias externas do prédio - as fotografias anteriores, tiradas na quarta-feira, haviam ficado escuras.

Os técnicos também mediram os muros do edifício e vistoriaram novamente o interior do apartamento, até por volta das 13 horas. Segundo investigadores do 9º DP, uma camiseta, encontrada no apartamento da irmã de Alexandre, vizinho ao que Isabella caiu, foi encaminhada ao IC na manhã de ontem.

Os peritos já sabem que o sangue encontrado no lençol é de um momento em que a vítima estava de pé ou sendo carregada por alguém. Os peritos esperam terminar os exames até sexta.

> Dossie do caso Isabella.

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