A IA está prestes a alterar radicalmente as estruturas de comando militar que não mudaram muito desde o exército de Napoleão

Apesar de dois séculos de evolução, a estrutura de um estado-maior militar moderno seria reconhecível por Napoleão. Ao mesmo tempo, as organizações militares têm lutado para incorporar novas tecnologias à medida que se adaptam a novos domínios — ar, espaço e informação — na guerra moderna. Benjamin Jensen professor de Estudos Estratégicos na Escola de Combate Avançado da Universidade do Corpo de Fuzileiros Navais dos Estados Unidos The Conversation plataforma de informação produzida por acadêmicos e jornalistas O tamanho dos quartéis-generais militares aumentou para acomodar os fluxos de informação e os pontos de decisão expandidos dessas novas facetas da guerra. O resultado é a diminuição dos retornos marginais e um pesadelo de coordenação — muitos cozinheiros na cozinha — que corre o risco de comprometer o comando da missão. Agentes de IA — softwares autônomos e orientados a objetivos, alimentados por grandes modelos de linguagem — podem automatizar tarefas rotineiras da equipe, redu...

Brasileiros lideram queixas por discriminação em Portugal

por Jair Rattberm de Lisboa

Os imigrantes brasileiros são os que mais se queixam de discriminação em Portugal. Segundo as estatísticas da Unidade de Apoio à Vítima Imigrante e de Discriminação Racial e Étnica (Uavidre), 32,4% dos processos abertos no ano passado foram por reclamações de brasileiros. Seguem-se os cabo-verdianos, com 12,6% e os angolanos com 9%.

Atualmente, estão legalizados em Portugal cerca de 90 mil brasileiros - o equivalente a 18% de um total de 500 mil estrangeiros vivendo legalmente no país. No entanto, estimativas extra-oficiais indicam que o número de brasileiros seja pelo menos 50% superior ao dos legalizados.

Carla Amaral, diretora da Uavidre – uma parceria entre o Alto Comissariado para a Imigração e as Minorias Étnicas, do governo português, e a ONG Associação Portuguesa de Apoio à Vítima –, informa que em 2006 foram contabilizadas 577 queixas. Apenas na sede, foram 249, contra 139 do ano anterior.

“Muitas vezes, as pessoas que vêm até nós não caracterizam a situação como discriminação. É o caso de mulheres brasileiras que aparecem na Associação de Apoio à Vítima reclamando de violência doméstica, grande parte das vezes por parte de companheiros ou maridos portugueses", diz Carla.

"Quando perguntamos por que não mudam de casa, dizem que tentam, mas quando chegam para ver o imóvel, não alugam porque são brasileiras.”

Segundo a diretora da Uavidre, a moldura penal para discriminação com base na nacionalidade é diferente da aplicada para a discriminação racial.

“A discriminação racial é criminalizada, é um crime julgado em tribunal que pode dar uma pena de um a oito anos. A discriminação com base na nacionalidade é uma infração, que é avaliada por uma autoridade administrativa e pode resultar em multa”, explica.

De acordo com Carla Amaral, há apenas um registro de condenação por discriminação racial num tribunal português.

Para Gustavo Behr, presidente da Casa do Brasil de Lisboa, a mais antiga associação de imigrantes de Portugal, é impossível saber o faz com que os brasileiros sejam os que mais apresentam queixas de discriminação, numa proporção muito maior do que a percentagem de brasileiros no total de imigrantes.
Ele arrisca, porém, que o fato de falarem o mesmo idioma seja um facilitador.

“É a maior comunidade imigrante em Portugal, mas também por ter a mesma língua há uma percepção de que podem apresentar queixa, que existe a possibilidade de recorrer."

Comunidade brasileira se torma a maior de imigrantes de Portugal. (julho de 2008)

> Fonte: BBC Brasil.     > Brazucas.

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