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Mostrando postagens de março 22, 2009

Enem do servidor federal vai oferecer em 2024 mais de 7 mil vagas

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A partir de 2024 haverá uma prova nacional unificando o processo de seleção de servidores federais, um Enem dos Concursos”, como o objetivo de facilitar o acesso da população às provas, inclusive em cidades do interior. A primeira prova será realizada no dia 24 de fevereiro.  A estimativa de vagas é de mais 7 mil no primeiro ano do concurso, Provas serão simultaneamente em 179 cidades das 5 regiões Cada ministério poderá decidir se vai aderir a esse modelo ou fazer os concursos por conta própria. O exame acontecerá ao mesmo tempo em 179 municípios, sendo 39 na Região Norte, 50 no Nordeste, 18 no Centro-Oeste, 49 no Sudeste e 23 no Sul. Haverá duas provas no mesmo dia. Uma com questões objetivas, comum a todos, e outra com perguntas específicas e dissertativas, divididas por blocos temáticos. Os candidatos para Trabalho e Previdência farão a mesma segunda prova, por exemplo; já os candidatos para Administração e Finanças Públicas, outra. As vagas abrangem os seguintes setores: Administr

Tabagismo pode levar a transtornos psiquiátricos

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Exposição à nicotina na adolescência modificaria funcionamento cerebral Estudo com mais de 1.500 jovens constatou que os fumantes precoces tiveram mais chances de apresentar depressão e ansiedade. por Cláudia Collucci , da Folha de S.Paulo A exposição precoce à nicotina pode modificar o funcionamento cerebral de jovens e favorecer o aparecimento de transtornos psiquiátricos na vida adulta -como a depressão e a ansiedade-, sugerem estudos clínicos e populacionais. Um dos maiores trabalhos sobre o tema foi publicado em janeiro na revista científica "Addiction", a mais renomada na área de dependência química. Pesquisadores da Universidade de Oslo (Noruega) acompanharam 1.501 jovens- entre 13 e 27 anos- durante 13 anos. A conclusão foi que aqueles que começaram a fumar precocemente tiveram mais chances de desenvolver depressão, transtornos da ansiedade e pensamentos suicidas em relação aos não-fumantes. O assunto será um dos destaques de uma conferência internacio

As mulheres de Neandertal

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por Drauzio Varella  para a Folha de S.Paulo Depois de passar cinco ou seis milhões de anos na África, nossos ancestrais migraram para a Ásia e para a Europa. Em 1856, mineiros do vale de Neander (Neander Tal, em alemão) desenterraram alguns ossos que os paleontologistas identificaram como pertencentes a uma espécie muito próxima, mas diferente da nossa: o homem de Neandertal. Nas décadas seguintes, foram descobertos esqueletos semelhantes espalhados por uma região que vai da Espanha ao sul da Sibéria, deixando claro que eles habitaram uma extensa faixa territorial, antes de ser extintos. Hoje sabemos que os neandertais tiveram uma existência cercada de mistérios, num período que vai de 350 mil a cerca de 30 mil anos atrás. O maior deles nos diz respeito, porque os primeiros casais de nossa espécie, Homo sapiens, chegaram à Euroásia há 45 mil anos. Se conviveram com os neandertais durante 15 mil anos, o que terá acontecido para sobrevivermos nós, e não eles?   Fisicamen

A cultura do luto vive sua própria revolução

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Do IHU Online Em pouco tempo, a Espanha fechou num caixão a morte e quase tudo o que a rodeia. Em vez dos tradicionais velórios em casa, atualmente são realizadas cerimônias rápidas em casas mortuárias instaladas fora das cidades. Em vez daqueles cemitérios de esplêndida estatuária se impõe o modelo anglo-saxão de cemitério-jardim e lápides quase invisíveis. O luto de décadas passadas foi substituído por uma forçada normalização que pretende pôr fim à dor em tempo recorde. E em vez da paulatina assunção da perda, que, segundo os especialistas, dura entre 12 e 18 meses – nunca menos de seis –, recorre-se aos ansiolíticos ou à ajuda médica quando apenas 2% das dores deriva em psicopatologia. O artigo é de M. Antonia Sánchez-Vallejo e publicado no jornal espanhol El País, 23-03-09. A tradução é do Cepat. O trauma coletivo do 11 de Março (11-M), cujo quinto aniversário acaba de ser celebrado, trouxe à luz a necessidade de reconstruir a cultura e a vivência da morte, uma realidade

Fundamentalismo do Vaticano destrói as bases da tolerância

por Marcos Nobre , para a Folha de S.Paulo O papa está reunindo seu exército. Primeiro, invocou os mortos: padres e freiras aliados do ditador Francisco Franco na Guerra Civil Espanhola. Depois, reabilitou os excomungados integristas, cujo líder nega o Holocausto nazista. Agora, aliou-se às forças obscurantistas que rejeitam o uso da camisinha como meio eficaz de proteção contra a Aids. Na mesma África que viu a Igreja Católica, durante séculos, exercer o papel de principal aliada da rapina escravagista. É um chamamento a uma nova cruzada. E o raciocínio do papa tem se mostrado de uma cristalina simplicidade: mais vale um exército menor, mas mais aguerrido, do que uma multidão de crentes com pouca disposição para o combate. Seu antecessor, João Paulo 2º, respondeu ao desafio dos fundamentalismos religiosos com uma volta ao mistério do sagrado, mas também com o diálogo ecumênico. O então cardeal Ratzinger impôs o silêncio obsequioso aos que divergiam da sua orientação e substituiu u

O ABC da Aids

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por João Pereira Coutinho , para a Folha de S.Paulo Tenho uma amiga que não gosta do atual papa. Razões? Ela responde: "Acho que ele é demasiado católico". A primeira vez que ouvi a tese, chorei de rir. Mas chorei com respeito. A tese expressa, com rigor e humor, o espírito do tempo sempre que o papa resolve ser papa. Mas, antes, vamos ao essencial: se eu fizesse uma viagem pela África, onde existem 22 milhões de infectados com o vírus da Aids (no mínimo), não teria dúvidas em aconselhar o uso da camisinha. Mais: hipocondríaco como sou, o mais natural era aconselhar o uso de várias camisinhas ao mesmo tempo, e ainda de uma roupa de mergulho, e de um escafandro, e de uma rede de apicultor. Eu nunca facilito. Acontece que, ao contrário do que possam imaginar, eu não sou o papa. E o papa, a caminho do continente negro, limitou-se a repetir o que toda a gente sabe mas finge que não ouve: que a Igreja Católica, com total legitimidade, tem uma particular doutrina sobre a sex

Reduzir carne vermelha diminui mortalidade

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  Pesquisa publicada no "Jama" acompanhou 500 mil pessoas durante dez anos. Para pesquisadores, 11% das mortes em homens e 16% em mulheres poderiam ter sido adiadas com a redução de carne vermelha por Julliane Silveira e Cláudia Collucci, da Folha de S.Paulo Um estudo divulgado hoje no "Jama" (revista da Associação Médica Americana) aponta relação entre o consumo de carne vermelha e carnes processadas e maior número de mortes por câncer e problemas cardiovasculares.  A pesquisa, uma das maiores já realizadas, analisou dados de 500 mil norte-americanos de 50 a 71 anos de idade. Em dez anos de acompanhamento, morreram 47.976 homens e 23.276 mulheres. Para os pesquisadores, 11% das mortes em homens e 16% das mortes em mulheres poderiam ser adiadas se houvesse redução do consumo de carne vermelha para 9 g do produto a cada 1.000 calorias ingeridas -o grupo que mais ingeriu carne vermelha (68 g a cada 1.000 calorias) foi o que apresentou maior incidência de m

É preciso excomungar Jesus

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Do IHU Online . Em artigo para o jornal Le Monde , 19-03-2009, Frédéric Lenoir , filósofo e escritor francês, questiona se, "na Igreja de Bento XVI ", Jesus não seria "excomungado por ter pregado a superação da lei com o amor". Autor de "Cristo Filósofo” (Ed. Caleidoscópio, 2008), Lenoir afirma que "ninguém pede que a Igreja renuncie afirmar as próprias convicções. Mas o que não se entende é a maneira teórica e às vezes brutal utilizada pela hierarquia para reafirmar a norma, enquanto existem apenas situações concretas, singulares e complexas". A tradução é de Moisés Sbardelotto, para o IHU Online . Eis o artigo. A Igreja católica atravessa uma crise de uma amplitude inédita em muitas décadas. Essa crise é muito mais profunda, já que sua credibilidade é colocada em questão em todos os âmbitos: por nós, católicos, pelas pessoas de cultura católica e pelos fiéis praticantes. A Igreja não é vítima de uma agressão externa. As causas dos se

Uma doença chamada pedofilia

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Hospital das Clínicas inaugura ambulatório para tratar o transtorno de preferência sexual em homens condenados pela Justiça pelo crime de abuso sexual de crianças. por Andréa Castello Branco ,  d’ O Tempo A prática sexual de um adulto com uma criança aflora os piores sentimentos tanto nos envolvidos com o abuso sexual quanto naqueles que nunca passaram pela situação. Vergonha, culpa, repúdio, nojo são alguns deles. Contudo, a sociedade já percebeu que tratar o assunto de forma emocional não tem dado bons resultados. Agora, além de ser repudiada e punida como um crime, a pedofilia será tratada no âmbito médico. No mês de maio [de 2009], será inaugurado no Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais (HC-UFMG) o Centro de Estudos e Atendimento de Abuso Sexual, um ambulatório que irá atender os abusadores. Pela primeira vez em Minas Gerais, o pedófilo irá receber tratamento para o transtorno de preferência sexual, um distúrbio que integra a classificação internac