Enem do servidor federal vai oferecer em 2024 mais de 7 mil vagas

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A partir de 2024 haverá uma prova nacional unificando o processo de seleção de servidores federais, um Enem dos Concursos”, como o objetivo de facilitar o acesso da população às provas, inclusive em cidades do interior. A primeira prova será realizada no dia 24 de fevereiro.  A estimativa de vagas é de mais 7 mil no primeiro ano do concurso, Provas serão simultaneamente em 179 cidades das 5 regiões Cada ministério poderá decidir se vai aderir a esse modelo ou fazer os concursos por conta própria. O exame acontecerá ao mesmo tempo em 179 municípios, sendo 39 na Região Norte, 50 no Nordeste, 18 no Centro-Oeste, 49 no Sudeste e 23 no Sul. Haverá duas provas no mesmo dia. Uma com questões objetivas, comum a todos, e outra com perguntas específicas e dissertativas, divididas por blocos temáticos. Os candidatos para Trabalho e Previdência farão a mesma segunda prova, por exemplo; já os candidatos para Administração e Finanças Públicas, outra. As vagas abrangem os seguintes setores: Administr

Proteja-se do chefe tirano

por Ana Maria, para De Mulher para Mulher

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O medo de perder o emprego muitas vezes faz com que as pessoas se submetam a situações constrangedoras. As mulheres costumam ser as maiores vítimas desse tipo de pressão.

Perceba se você está sofrendo assédio moral através dos seguintes sinais: seu chefe vive dizendo que você é incompetente? Sente-se isolada no ambiente de trabalho e pressionada a pedir as contas? É freqüentemente ridicularizada ou discriminada por causa de seu peso, origem, cor, estatura ou opção sexual? Esforça-se para realizar um excelente trabalho, mas é seu superior quem sempre colhe os louros?

Segundo Margarida Barreto, médica do trabalho e pesquisadora da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, os ‘’torturadores’’ são chefes que abusam do poder que têm. Por meio de atos desleais e constrangedores, ordens arbitrárias e palavras de humilhação, eles aniquilam a saúde física e mental dos funcionários. ‘’Os alvos escolhidos costumam ser os que não fazem corpo mole’’, afirma Margarida.

Estão no grupo de risco principalmente as mulheres, profissionais de personalidade forte, que não aceitam facilmente ser pressionadas e exploradas; os que retornaram ao emprego depois de um afastamento por motivo de doença; os com mais de 35 anos que ganham melhor, além de mães de filhos pequenos.

No Brasil, estima-se que o índice de assédio moral seja de 35%. Num outro estudo, coordenado por Margarida, com 97 grandes empresas de São Paulo, os números são ainda mais alarmantes — de 2 072 profissionais entrevistados, 42% apresentaram histórias de humilhação contínua no trabalho. Desses, 65% são mulheres.

A doutora da PUC foi mais fundo, ao levantar como cada sexo reage a esse tipo de opressão. Descobriu, por exemplo, que elas são menos vingativas e perdem a libido; já eles tendem à depressão e pensam em suicídio. O estrago psicológico é tão grande quanto o físico. ‘’É freqüente sofrerem distúrbios do sono, hipertensão, taquicardia, gastrite, má digestão e dores de cabeça’’, explica Margarida.

O perfil dos chefes-problema

Pit bull
É agressivo, perverso e faz cena na frente de todos porque precisa de platéia para saciar seu ego. Demite friamente, quase sempre por prazer.

Profeta
Ele se acha o salvador-da-pátria, aquele que vai tirar a empresa da crise. Intimida e humilha em particular, porém conta vantagens em público.

Troglodita
Não admite ser contrariado e cria regras difíceis de serem seguidas pelos funcionários, para mostrar que é ele quem manda.

Tigrão
No fundo, é um inseguro. Abusa de atitudes grosseiras, dá ordens contraditórias e espalha o medo em sua equipe.

Grande irmão
Finge ser compreensivo, mas, na primeira oportunidade, usa as fraquezas das pessoas para destruí-las e jogá-las uma contra a outra.

 

Como se defender do chefe agressor

1. Não fale sobre sua vida pessoal no trabalho.

2. Defenda-se das críticas com calma e racionalidade.

3. Não demonstre ao seu assediador que você ficou abalada. É isso o que ele quer.

4. Esteja sempre disposta para o trabalho, mas diga não quando se sentir explorada.
5. Em vez de se culpar e se desvalorizar porque tem dificuldades profissionais, passe uma imagem de confiança.

6. Estabeleça vínculos amistosos com os colegas.

7. Se precisar sair de licença médica, preencha a comunicação de acidente de trabalho e indique a causa real: opressão do chefe.

8. Caso as humilhações ultrapassem um limite suportável, dê visibilidade ao assédio moral.

9. Anote todas as atitudes desrespeitosas de seu chefe com data, hora e nome de testemunhas. De posse dos documentos, procure ajuda no departamento de recursos humanos da empresa.

10. “Antes de querer pedir demissão, saiba que você tem a seu favor o fato de as empresas estarem atentas a esse tipo de abuso”, diz Iêda Novais. “Com a atual situação de desemprego, peça as contas só depois de ter arranjado outra colocação”.


11. Saiba discernir uma brincadeira de desrespeito, uma bronca eventual de perseguição.

 

Por que os agressores agem assim

O perfil de quem assedia é familiar. ‘’São pessoas neuróticas, perversas ou apavoradas com a possibilidade de que seus superiores percebam sua incompetência e insegurança’', define Margarida.

Muitas delas são pressionadas pela direção da empresa para que sua equipe cumpra metas e, como carecem de liderança, usam a estratégia de rebaixar os subordinados para forçar um aumento de produtividade.

O agressor pode ainda ter o interesse sórdido de travar uma queda-de-braço com sua vítima, para que ela desista do emprego – é que demiti-la custará mais caro para a empresa –, porque não foi com a cara dela ou arrependeu-se de tê-la contratado, de acordo com Iêda Novais, presidente da Mariaca & Associates, empresa de gestão de capital humano.

Uma das maiores dificuldades que enfrentam os profissionais que sofrem de assédio moral no trabalho é a falta de uma legislação que puna os culpados. Mas o panorama está mudando. Começam a pipocar leis municipais abrangendo o funcionalismo público. A primeira no Brasil é a de Iracemápolis, no interior paulista, promulgada em abril deste ano.
Há projetos de lei aguardando aprovação em várias cidades brasileiras, inclusive na capital paulista, além de um específico para os funcionários públicos federais. ‘’Existe ainda a opção de a vítima entrar com uma ação por danos morais’’, esclarece Margarida.

> Assédio moral.

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