Enem do servidor federal vai oferecer em 2024 mais de 7 mil vagas

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A partir de 2024 haverá uma prova nacional unificando o processo de seleção de servidores federais, um Enem dos Concursos”, como o objetivo de facilitar o acesso da população às provas, inclusive em cidades do interior. A primeira prova será realizada no dia 24 de fevereiro.  A estimativa de vagas é de mais 7 mil no primeiro ano do concurso, Provas serão simultaneamente em 179 cidades das 5 regiões Cada ministério poderá decidir se vai aderir a esse modelo ou fazer os concursos por conta própria. O exame acontecerá ao mesmo tempo em 179 municípios, sendo 39 na Região Norte, 50 no Nordeste, 18 no Centro-Oeste, 49 no Sudeste e 23 no Sul. Haverá duas provas no mesmo dia. Uma com questões objetivas, comum a todos, e outra com perguntas específicas e dissertativas, divididas por blocos temáticos. Os candidatos para Trabalho e Previdência farão a mesma segunda prova, por exemplo; já os candidatos para Administração e Finanças Públicas, outra. As vagas abrangem os seguintes setores: Administr

Aves estão em declínio no mundo. Situação do Brasil é grave


Uma em cada oito espécies de aves corre risco de extinção e o Brasil é o quarto país do mundo em número de espécies ameaçadas. As atividades humanas são as maiores responsáveis pela situação, um forte sinal de deterioração do meio ambiente global, como aponta o relatório “O estado dos pássaros do mundo”, divulgado ontem pela BirdLife International. O estudo destaca a situação emergencial do Cerrado brasileiro e ressalta a ameaça representada pelo cultivo de soja para a perda de biodiversidade.

A reportagem é do jornal O Globo, 23-09-2008.

Especialista em conservação da Sociedade Espanhola de Ornitologia, Ana Iñigo, explicou, ao “El País”, que os pássaros mais ameaçados do mundo são os que vivem em ecossistemas agrícolas. O estudo, que avaliou mais de dez mil pontos de concentração de aves, diz que 87% de todas as espécies sofrem algum grau de ameaça em função do avanço das fronteiras agrícolas e das novas tecnologias utilizadas.

O Cerrado, como frisa o relatório, ocupa 21% do território brasileiro e abriga nada menos que 935 espécies de aves (das 9.856 que existem em todo o mundo). Mas a agricultura já o reduziu a menos da metade de seu tamanho original. E a demanda crescente por soja e cana-de-açúcar, está forçando ainda mais a fronteira.

— A transformação desses habitats é muito rápida — afirmou Iñigo.

— Espécies que haviam aprendido a explorar zonas de cultivo não foram capazes de se adaptar às novas condições. Estamos falando de técnicas como o cultivo sob plástico.

A longo prazo, clima é ameaça séria

Os pássaros que vivem em áreas de intensa e desordenada ocupação também estão entre os mais ameaçados, caso do formigueiro-do-litoral (Formicivora littoralis), exclusivo de restingas do Rio de Janeiro, que se encontra entre as quatro espécies mais ameaçadas do mundo. O Brasil tem quase 40 espécies ameaçadas, o que o coloca em quarto lugar mundial em número total.

O relatório, o primeiro em quatro anos, sustenta que a situação global das quase 10 mil espécies existentes no mundo é, em alguma medida, preocupante.

image Desde 1500, 153 espécies de aves foram extintas. E a degradação da biodiversidade está se acelerando. Somente nos últimos 25 anos do século XX, 18 espécies desaparecerem. E, segundo os especialistas, outras três foram extintas desde 2000 — uma delas, a ararinha-azul, a Cyanopsitta spixii (foto), da Caatinga brasileira, dada oficialmente como extinta na natureza em 2003.

O relatório revela diversas situações bastante críticas, como a da Europa, onde 45% das aves comuns estão em declínio. Na Austrália, as perdas populacionais representaram 81% nos últimos 25 anos. Na América do Norte, as populações de 20 espécies comuns de pássaros também registraram reduções significativas nos últimos 40 anos.

A contínua redução das populações de pássaros é, para os especialistas, um claro sinal da deterioração da biodiversidade em geral.

— Os pássaros oferecem um barômetro ambiental acurado e fácil de ler — comparou o chefe-executivo dos grupos que integram a Aliança para a Conservação, Mike Rands.

— Eles nos permitem ver claramente as pressões que o nosso atual estilo de vida impõe à biodiversidade mundial.

As principais ameaças às populações de aves incluem a intensificação da agricultura em escala industrial, a disseminação de espécies invasoras, a extração de madeira e a substituição de florestas naturais por monoculturas.

Rands frisou que, a longo prazo, as mudanças climáticas em curso passarão a representar a mais séria ameaça às aves.

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