Enem do servidor federal vai oferecer em 2024 mais de 7 mil vagas

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A partir de 2024 haverá uma prova nacional unificando o processo de seleção de servidores federais, um Enem dos Concursos”, como o objetivo de facilitar o acesso da população às provas, inclusive em cidades do interior. A primeira prova será realizada no dia 24 de fevereiro.  A estimativa de vagas é de mais 7 mil no primeiro ano do concurso, Provas serão simultaneamente em 179 cidades das 5 regiões Cada ministério poderá decidir se vai aderir a esse modelo ou fazer os concursos por conta própria. O exame acontecerá ao mesmo tempo em 179 municípios, sendo 39 na Região Norte, 50 no Nordeste, 18 no Centro-Oeste, 49 no Sudeste e 23 no Sul. Haverá duas provas no mesmo dia. Uma com questões objetivas, comum a todos, e outra com perguntas específicas e dissertativas, divididas por blocos temáticos. Os candidatos para Trabalho e Previdência farão a mesma segunda prova, por exemplo; já os candidatos para Administração e Finanças Públicas, outra. As vagas abrangem os seguintes setores: Administr

Alzheimer pode ser 'diabetes cerebral', diz pesquisa da UFRJ


por Reinado José Lopes, da Folha

Novos dados obtidos por pesquisadores da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) reforçam a ideia de que há uma relação íntima entre o diabetes e o mal de Alzheimer, devastadora doença degenerativa do cérebro.

Para ser mais exato, o Alzheimer seria, grosso modo, a diabetes do cérebro, interferindo na sinalização do hormônio insulina, o mesmo cuja ação fica desregulada no organismo de diabéticos.

"É claro que o mal de Alzheimer continuará sendo uma doença multifatorial [ligada a múltiplos fatores]", disse à Folha a neurocientista Fernanda De Felice, do Instituto de Bioquímica Médica da UFRJ. "Mas achamos que a insulina pode ser central na gênese da doença."

De Felice apresentou os últimos resultados a respeito da ideia durante o 34º congresso anual da SBNeC (Sociedade Brasileira de Neurociências e Comportamento), na cidade de Caxambu (MG).

Estudos com dois tipos de cobaias -camundongos transgênicos e macacos cinomolgos (Macaca fascicularis)-, feitos pelos cientistas da UFRJ, indicam que remédios originalmente projetados para tratar diabetes poderiam, portanto, ser úteis contra o Alzheimer, mal que ainda não tem cura.

As primeiras pistas sobre o mecanismo ligando as duas doenças vieram de estudos in vitro. Sabe-se que o Alzheimer é desencadeado por maçarocas da proteína beta-amiloide, que têm efeitos nada agradáveis sobre o funcionamento dos neurônios.

Um desses efeitos é a diminuição no número de projeções das células nervosas. Isso, por sua vez, tem impacto negativo nas conexões de neurônios, cruciais para a memória.

De Felice e seus colegas tinham verificado, em pesquisa publicada no ano passado na revista científica "PNAS", que as maçarocas de beta-amiloide tendiam a ficar grudadas justamente em regiões da membrana das células onde a insulina se "conecta".

Bastava fornecer insulina aos neurônios para impedir que isso acontecesse e protegê-los da perda de conexões.

Agora, com as cobaias, eles viram que medicamentos que potencializam a ação da insulina não só combatem a beta-amiloide como também fazem com que bichos doentes tenham desempenho melhor em tarefas de memória, por exemplo.

De Felice conta que já há planos para testar drogas contra diabetes em pacientes com Alzheimer. Os pesquisadores da UFRJ querem que parte desse teste clínico envolva pacientes brasileiros.

Por enquanto, quem tem a doença não deve arriscar uma aplicação de insulina, pois o organismo pode até ficar resistente ao hormônio.

> Alzheimer: a importância do diagnóstico precoce.

Informações sobre o mal de Alzheimer.


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