Enem do servidor federal vai oferecer em 2024 mais de 7 mil vagas

Imagem
A partir de 2024 haverá uma prova nacional unificando o processo de seleção de servidores federais, um Enem dos Concursos”, como o objetivo de facilitar o acesso da população às provas, inclusive em cidades do interior. A primeira prova será realizada no dia 24 de fevereiro.  A estimativa de vagas é de mais 7 mil no primeiro ano do concurso, Provas serão simultaneamente em 179 cidades das 5 regiões Cada ministério poderá decidir se vai aderir a esse modelo ou fazer os concursos por conta própria. O exame acontecerá ao mesmo tempo em 179 municípios, sendo 39 na Região Norte, 50 no Nordeste, 18 no Centro-Oeste, 49 no Sudeste e 23 no Sul. Haverá duas provas no mesmo dia. Uma com questões objetivas, comum a todos, e outra com perguntas específicas e dissertativas, divididas por blocos temáticos. Os candidatos para Trabalho e Previdência farão a mesma segunda prova, por exemplo; já os candidatos para Administração e Finanças Públicas, outra. As vagas abrangem os seguintes setores: Administr

Humanidade já usa 1,3 planeta, diz relatório

O mundo não é o bastante. O título de um dos filmes de James Bond cai como uma luva nos prognósticos ambientais para o futuro da Humanidade.

A reportagem é de Carlos Albuquerque e publicada pelo jornal O Globo, 29-10-2008.

Segundo o relatório “Planeta vivo 2008”, divulgado ontem pelo WWF, nosso consumo dos recursos naturais já excede em 30 por cento a capacidade de o planeta se regenerar. Se mantivermos o ritmo atual, somado ao crescimento populacional, em torno de 2030 precisaríamos de mais dois planetas para nos mantermos.

— Essa é a chamada pegada ecológica, o registro da pressão humana sobre o planeta e seus recursos naturais— explica Irineu Tamaio, coordenador do Programa de Educação para Sociedades Sustentáveis do WWF-Brasil.

— O relatório mostra que o consumo desses recursos está num ritmo tão acelerado que, se for mantido, em breve precisaremos de dois planetas para atender a essa demanda. O cálculo foi feito em torno da capacidade de o planeta recuperar esse recursos e também o potencial de absorção dos resíduos que deixamos, que vão do lixo à emissão de CO2 na atmosfera.

A sétima edição do estudo faz uma analogia entre a crise econômica mundial e os problemas ambientais, dividindo os países entre credores e devedores ecológicos, baseado na relação entre o seu consumo e seus recursos naturias. O Brasil aparece como um credor ecológico.

— O estudo revela que somos um país credor, já que temos riquezas naturais muito grandes, que superam nossa pressão sobre o ambiente. Só que estamos enfrentando um processo de devastação igualmente grande — revela Tamaio.

— Os Estados Unidos, que são considerados devedores, também têm extensos recursos naturais, mas seu consumo já excede suas riquezas.

Como alerta Denise Hamú, secretária-geral do WWF-Brasil, assim como a bolha financeira mundial gerou a crise atual, “o consumo desenfreado dos recursos naturais pode gerar uma nova crise”.

— A diferença é que, numa crise econômica, podemos recuperar os valores. Mas numa crise ecológica, como a que está sendo desenhada, não poderemos recuperar espécies extintas, por exemplo — afirma Carlos Alberto de Mattos Scaramuza, superintendente de Conservação de Programas Temáticos do WWF-Brasil.

Redução de 30% na biodiversidade nos últimos 35 anos

Segundo o estudo, as populações mundiais de aves, peixes e mamíferos tiveram uma redução de quase 30% nos últimos 35 anos. Para chegar a esse valores, os responsáveis pelo relatório criaram o Índice Planeta Vivo, que analisa o estado dos ecossistemas da Terra.

— Esses indicadores mostram uma tendência muito alta de perda de biodiversidade, principalmente nas áreas tropicais, como o Brasil — explica Tamaio.

Entre os motivos apontados para essa perda de biodiversidade estão poluição, perda de habitat, sobrepesca e caça, espécies invasoras e mudanças climáticas.

— No caso do Brasil, a perda de habitat, com a conversão desordenada de terras para a agricultura, pode ser considerada um dos principais fatores de desequilíbrio — alertaTamaio.

Mas o relatório também apresenta soluções e luzes no fim do túnel.

— Assim como a crise econômica está mostrando que o livre mercado não resolve tudo, precisamos de alguma regulação — diz Scaramuza.

— Precisamos de um novo acordo, para reduzir nossas pegadas ecológicas, gerando um modelo de crescimento que leve em conta que o planeta tem limites.

> Homem dificilmente vai durar tanto quantos os tubarões. (julho de 2008)

> Aquecimento global e o desequilíbrio da ecologia.

Comentários