A IA está prestes a alterar radicalmente as estruturas de comando militar que não mudaram muito desde o exército de Napoleão

Apesar de dois séculos de evolução, a estrutura de um estado-maior militar moderno seria reconhecível por Napoleão. Ao mesmo tempo, as organizações militares têm lutado para incorporar novas tecnologias à medida que se adaptam a novos domínios — ar, espaço e informação — na guerra moderna. Benjamin Jensen professor de Estudos Estratégicos na Escola de Combate Avançado da Universidade do Corpo de Fuzileiros Navais dos Estados Unidos The Conversation plataforma de informação produzida por acadêmicos e jornalistas O tamanho dos quartéis-generais militares aumentou para acomodar os fluxos de informação e os pontos de decisão expandidos dessas novas facetas da guerra. O resultado é a diminuição dos retornos marginais e um pesadelo de coordenação — muitos cozinheiros na cozinha — que corre o risco de comprometer o comando da missão. Agentes de IA — softwares autônomos e orientados a objetivos, alimentados por grandes modelos de linguagem — podem automatizar tarefas rotineiras da equipe, redu...

Humanidade já usa 1,3 planeta, diz relatório

O mundo não é o bastante. O título de um dos filmes de James Bond cai como uma luva nos prognósticos ambientais para o futuro da Humanidade.

A reportagem é de Carlos Albuquerque e publicada pelo jornal O Globo, 29-10-2008.

Segundo o relatório “Planeta vivo 2008”, divulgado ontem pelo WWF, nosso consumo dos recursos naturais já excede em 30 por cento a capacidade de o planeta se regenerar. Se mantivermos o ritmo atual, somado ao crescimento populacional, em torno de 2030 precisaríamos de mais dois planetas para nos mantermos.

— Essa é a chamada pegada ecológica, o registro da pressão humana sobre o planeta e seus recursos naturais— explica Irineu Tamaio, coordenador do Programa de Educação para Sociedades Sustentáveis do WWF-Brasil.

— O relatório mostra que o consumo desses recursos está num ritmo tão acelerado que, se for mantido, em breve precisaremos de dois planetas para atender a essa demanda. O cálculo foi feito em torno da capacidade de o planeta recuperar esse recursos e também o potencial de absorção dos resíduos que deixamos, que vão do lixo à emissão de CO2 na atmosfera.

A sétima edição do estudo faz uma analogia entre a crise econômica mundial e os problemas ambientais, dividindo os países entre credores e devedores ecológicos, baseado na relação entre o seu consumo e seus recursos naturias. O Brasil aparece como um credor ecológico.

— O estudo revela que somos um país credor, já que temos riquezas naturais muito grandes, que superam nossa pressão sobre o ambiente. Só que estamos enfrentando um processo de devastação igualmente grande — revela Tamaio.

— Os Estados Unidos, que são considerados devedores, também têm extensos recursos naturais, mas seu consumo já excede suas riquezas.

Como alerta Denise Hamú, secretária-geral do WWF-Brasil, assim como a bolha financeira mundial gerou a crise atual, “o consumo desenfreado dos recursos naturais pode gerar uma nova crise”.

— A diferença é que, numa crise econômica, podemos recuperar os valores. Mas numa crise ecológica, como a que está sendo desenhada, não poderemos recuperar espécies extintas, por exemplo — afirma Carlos Alberto de Mattos Scaramuza, superintendente de Conservação de Programas Temáticos do WWF-Brasil.

Redução de 30% na biodiversidade nos últimos 35 anos

Segundo o estudo, as populações mundiais de aves, peixes e mamíferos tiveram uma redução de quase 30% nos últimos 35 anos. Para chegar a esse valores, os responsáveis pelo relatório criaram o Índice Planeta Vivo, que analisa o estado dos ecossistemas da Terra.

— Esses indicadores mostram uma tendência muito alta de perda de biodiversidade, principalmente nas áreas tropicais, como o Brasil — explica Tamaio.

Entre os motivos apontados para essa perda de biodiversidade estão poluição, perda de habitat, sobrepesca e caça, espécies invasoras e mudanças climáticas.

— No caso do Brasil, a perda de habitat, com a conversão desordenada de terras para a agricultura, pode ser considerada um dos principais fatores de desequilíbrio — alertaTamaio.

Mas o relatório também apresenta soluções e luzes no fim do túnel.

— Assim como a crise econômica está mostrando que o livre mercado não resolve tudo, precisamos de alguma regulação — diz Scaramuza.

— Precisamos de um novo acordo, para reduzir nossas pegadas ecológicas, gerando um modelo de crescimento que leve em conta que o planeta tem limites.

> Homem dificilmente vai durar tanto quantos os tubarões. (julho de 2008)

> Aquecimento global e o desequilíbrio da ecologia.

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