A IA está prestes a alterar radicalmente as estruturas de comando militar que não mudaram muito desde o exército de Napoleão

Apesar de dois séculos de evolução, a estrutura de um estado-maior militar moderno seria reconhecível por Napoleão. Ao mesmo tempo, as organizações militares têm lutado para incorporar novas tecnologias à medida que se adaptam a novos domínios — ar, espaço e informação — na guerra moderna. Benjamin Jensen professor de Estudos Estratégicos na Escola de Combate Avançado da Universidade do Corpo de Fuzileiros Navais dos Estados Unidos The Conversation plataforma de informação produzida por acadêmicos e jornalistas O tamanho dos quartéis-generais militares aumentou para acomodar os fluxos de informação e os pontos de decisão expandidos dessas novas facetas da guerra. O resultado é a diminuição dos retornos marginais e um pesadelo de coordenação — muitos cozinheiros na cozinha — que corre o risco de comprometer o comando da missão. Agentes de IA — softwares autônomos e orientados a objetivos, alimentados por grandes modelos de linguagem — podem automatizar tarefas rotineiras da equipe, redu...

Colip propõe que reforma ortográfica aconteça em 2009, com ou sem Portugal

Do Uol

A nova reforma ortográfica entrará em vigor em janeiro de 2009, com ou sem a aprovação de Portugal. Essa é a intenção da Colip (Comissão da Língua Portuguesa), órgão ligado ao MEC (Ministério da Educação) e representante brasileiro para discussões sobre o tema. A proposta foi encaminhada nesta quarta-feira (26) ao ministro da Educação, Fernando Haddad.

"O Brasil já mostrou interesse em marchar com Portugal nessa reforma e já esperou eles decidirem se vão acatar. Agora é hora de a gente começar a pensar internamente. Se Portugal não concordar, o Brasil segue em frente", disse ao UOL Educação o presidente da Colip, Godofredo de Oliveira Neto, depois da reunião da comissão realizada em Brasília.

A proposta da Colip é de que, a partir de janeiro de 2009, todos os documentos escritos passem a circular com a nova ortografia. A exceção é aplicada à área educacional: apenas os livros didáticos, que serão distribuídos pelo MEC no ano que vem, ainda poderão conter a gramática atual. A obrigatoriedade da ortografia atualizada nas obras escolares começará a valer a partir de 2012.

Enquanto o país vai se acostumando à mudança gramatical, os vestibulandos e candidatos a concursos públicos não precisam se preocupar: as duas ortografias serão aceitas na correção dos exames, segundo a proposta da Colip.

Norma em vigor

Para entrar em vigor, a proposta da Colip deve ser acatada ainda pelos ministros da Educação, de Relações Exteriores (Celso Amorim) e da Cultura (Gilberto Gil). Se aprovada, é encaminhada ao Palácio para ser sancionada pelo presidente Lula.

A unificação ortográfica dos países de língua portuguesa é discutida desde 1991. Entre escritores e gramáticos, não há consenso sobre a reforma.

O país validou o acordo em 2004. Em fevereiro de 2006, foi a vez de Cabo Verde e, em dezembro do mesmo ano, de São Tomé e Príncipe.

Oito países fazem parte do acordo: Brasil, Portugal, Timor Leste e cinco nações africanas (Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique e São Tomé e Príncipe). Juntos, eles fazem do português a oitava língua mais falada do mundo -- segundo o professor Ataliba de Castilho, consultor do Museu da Língua Portuguesa, em São Paulo, o idioma fica atrás do chinês, inglês, hindi, espanhol, russo, árabe e bengali.

Sem o apoio de Portugal, o Brasil encara um entrave para colocar a teoria em prática. A grafia usada por Portugal é mais difundida no mundo. No último dia 3 de março, a proposta foi aprovada pelo país luso. O protocolo ainda precisa ser ratificado pelo Legislativo português mediante proposta do governo.

Comentários