Trabalho da perícia começou na garagem e terminou no jardimpor Bruno Tavares, Carina Flosi e José Dacauaziliquá
Nenhuma das testemunhas da reconstituição do crime resistiu à emoção. Todas elas - homens e mulheres - choraram ao reviver detalhes do crime. 'A imagem de Isabella caída no jardim já estava começando a apagar da minha cabeça. Hoje (ontem), a cena voltou a ficar forte em minha mente. Espero que o esforço meu e da minha mulher de prestar depoimento e participar da reconstituição não seja em vão', disse um dos participantes, que pediu para não ser identificado.
A emoção também tomou conta de alguns vizinhos nos momentos em que um perito deixou cair a boneca que representava Isabella. “A gente imagina e já fica chocado. Mas ver ao vivo é forte demais”, desabafou o comerciante Maurício Marquesini, de 29 anos, pai de três filhos.
Participaram da reconstituição cinco testemunhas, além dos delegados Calixto Calil Filho e Renata Helena Pontes, do 9º Distrito Policial, a delegada seccional Elisabeth Sato, o promotor de Justiça que acompanha o caso, Francisco Cembranelli, e dez peritos, entre desenhistas e fotógrafos do Instituto de Criminalística. Todas as cenas foram filmadas e fotografadas.
A primeira fase ocorreu na garagem do prédio, onde simularam a chegada do casal e a localização da família no carro, um Ford Ka. O casal foi simulado por peritos com as mesmas características físicas. Isabella e seus dois irmãos foram representados por bonecos. Já no apartamento, peritos retiraram a rede do quarto de Isabella e a colocaram na janela de onde ela foi jogada, para simular o corte e o crime. No mesmo momento, no andar térreo, um fotógrafo fez imagens do jardim onde a menina caiu. Em seguida, especialistas simularam a briga do casal.
A terceira parte ocorreu com a representação da Isabella caída no gramado do prédio. Os peritos foram orientados por moradores que chamaram o resgate e pelo porteiro, o primeiro a ver a garota agonizando. A reação do casal ao ver o corpo foi reproduzida em detalhes. A reconstrução acabou após o grupo de investigação visitar o apartamento do prédio vizinho ao London, onde um casal afirma ter ouvido a discussão entre o pai e a madrasta. O objetivo era saber se é possível ou não ouvir ruídos mais altos vindos do prédio de onde caiu Isabella. Às 17 horas, a boneca foi retirada do gramado. E delegados e o promotor saíram sem dar declarações.N
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Caso Isabella.
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