Enem do servidor federal vai oferecer em 2024 mais de 7 mil vagas

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A partir de 2024 haverá uma prova nacional unificando o processo de seleção de servidores federais, um Enem dos Concursos”, como o objetivo de facilitar o acesso da população às provas, inclusive em cidades do interior. A primeira prova será realizada no dia 24 de fevereiro.  A estimativa de vagas é de mais 7 mil no primeiro ano do concurso, Provas serão simultaneamente em 179 cidades das 5 regiões Cada ministério poderá decidir se vai aderir a esse modelo ou fazer os concursos por conta própria. O exame acontecerá ao mesmo tempo em 179 municípios, sendo 39 na Região Norte, 50 no Nordeste, 18 no Centro-Oeste, 49 no Sudeste e 23 no Sul. Haverá duas provas no mesmo dia. Uma com questões objetivas, comum a todos, e outra com perguntas específicas e dissertativas, divididas por blocos temáticos. Os candidatos para Trabalho e Previdência farão a mesma segunda prova, por exemplo; já os candidatos para Administração e Finanças Públicas, outra. As vagas abrangem os seguintes setores: Administr

Gasto de cartão no ABC foi de R$ 149 mil

Seguranças de Lula em São Bernardo usaram cartão corporativo, por 3 anos, em churrascaria e montagem de academia

Equipe que protege Lula também cuida da segurança de seus filhos; Presidência não se manifesta e diz que esses gastos são sigilosos


LEILA SUWWAN
SILVIO NAVARRO
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Pelo menos dois seguranças da equipe que protege a família do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em São Bernardo do Campo (ABC paulista) gastaram nos últimos três anos R$ 149,2 mil com cartões de crédito corporativos do governo. Além de despesas com manutenção de veículos e materiais de construção, eles pagaram contas de churrascaria, magazines, lavanderia e até construíram e equiparam academia de ginástica privativa.

No ABC moram os filhos de Lula e suas respectivas famílias. A segurança é feita por uma equipe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI).

Ontem, a Folha revelou que um segurança gastou nos últimos nove meses R$ 55 mil no cartão corporativo em Florianópolis, onde é feita a proteção da filha do presidente, Lurian. Segundo o chefe do GSI, general Jorge Félix, os gastos desses funcionários são sigilosos e não deveriam estar no Portal da Transparência. A Presidência também não se manifestou.

O uso do cartão corporativo é regulamentado pelo decreto 5.355, de 2005. Deve ser usado para compras "emergenciais", para o "pagamento das despesas realizadas com compra de material, prestação de serviços e diárias em viagens". O governo alega que o cartão permite maior controle sobre os gastos.

O general Félix foi questionado ontem sobre o motivo de os gastos dos seguranças terem sido feitos por meio de cartão e não por licitação, pregão ou outras modalidades. Ele disse que cada caso deve ser analisado individualmente. "Depende da natureza [da despesa]."

Os cartões usados no ABC, vinculados à Secretaria Administrativa do Palácio do Planalto, estão nas mãos de "Luiz G.B. Aragão" e, até 2006, de "José Benedito Cost".
Há um terceiro cartão que foi utilizado por dois meses em 2007 (janeiro e fevereiro) nos mesmos estabelecimentos em São Bernardo e que registra despesa total de R$ 5.078,26, em nome de "Eduardo S Barroso". A Folha não conseguiu confirmar se ele também integra a segurança presidencial.

Segundo dados da Transparência, da Controladoria Geral da União, eles também usavam o cartão para sacar dinheiro no caixa eletrônico: em três anos, foram R$ 34,2 mil. Não há detalhamento dessas despesas.

A fatura aponta gastos de R$ 960 nos dias 13 e 15 de junho de 2005 na "Churrascaria do Vavá", em Santo André. Nessas datas, Lula estava em Brasília.

Os dois cartões foram usados para comprar material de construção e artigos esportivos. Pagaram R$ 3.450,00 em esteiras ergométricas. A Folha esteve na casa onde os seguranças moram em São Bernardo e constatou que a edícula está em obras. Com material de construção, gastaram R$ 14.319,69, além de R$ 1.333,50 em tintas, só no ano passado.

Esse é o gasto mais recorrente: em 2005, foram R$ 10.832,73, e, em 2006, R$ 8.833,75. Benedito Costa costumava usar o cartão para pagar gasolina. Em 2005, gastou R$ 19.510,44 num único estabelecimento (Auto Posto Central).

A lista de compras inclui supermercados, lojas de eletrônicos, foto, artesanato, roupas, informática e papelaria. Havia despesas de R$ 800 na "Elite Malas e Bijuterias", que a reportagem constatou ser, na verdade, uma loja de artigos esportivos, e R$ 390 na "Flama Instrumentos Musicais", que, a despeito do nome, comercializa produtos eletrônicos.

Colaborou LILIAN CHRISTOFOLETTI ,
da Reportagem Local

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