Enem do servidor federal vai oferecer em 2024 mais de 7 mil vagas

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A partir de 2024 haverá uma prova nacional unificando o processo de seleção de servidores federais, um Enem dos Concursos”, como o objetivo de facilitar o acesso da população às provas, inclusive em cidades do interior. A primeira prova será realizada no dia 24 de fevereiro.  A estimativa de vagas é de mais 7 mil no primeiro ano do concurso, Provas serão simultaneamente em 179 cidades das 5 regiões Cada ministério poderá decidir se vai aderir a esse modelo ou fazer os concursos por conta própria. O exame acontecerá ao mesmo tempo em 179 municípios, sendo 39 na Região Norte, 50 no Nordeste, 18 no Centro-Oeste, 49 no Sudeste e 23 no Sul. Haverá duas provas no mesmo dia. Uma com questões objetivas, comum a todos, e outra com perguntas específicas e dissertativas, divididas por blocos temáticos. Os candidatos para Trabalho e Previdência farão a mesma segunda prova, por exemplo; já os candidatos para Administração e Finanças Públicas, outra. As vagas abrangem os seguintes setores: Administr

França. Adeus ao catolicismo?

por Isabelle de Gaulmyn, do jornal francês La Croix

Devemos dar adeus ao catolicismo na França? A revista Esprit, em seu número de fevereiro, dedicado ao declínio da religião, fala a respeito sem meias palavras. Para o sociólogo Jean-Louis Schlegel, na Europa ocidental, particularmente na França, assiste-se "a uma espécie de adeus ao catolicismo, um adeus sem lágrimas, nem dramas, nem nostalgia".

Certamente, indica, a busca religiosa e espiritual continua. Mas ela passa, ao contrário, pela adesão a grandes movimentos de tipo pentecostal ou evangélico e não mais por meio da instituição católica.

Diante dessa crise profunda, o autor chama em causa a resposta da instituição e a sua recusa a uma reforma profunda, como a ordenação de homens casados, ou de mulheres. Sem dúvida, uma modificação do estatuto dos padres não mudaria, de hoje para amanhã, o prestígio e a influência da Igreja católica na França. Mas pelo menos, escreve, "os católicos comuns não ficariam privados dos bens religiosos aos quais têm direito".

Segundo Schlegel, mais grave é o fato de que a mensagem da Igreja está se tornando sempre mais "ininteligível", por causa, segundo ele, de um sistema de decisão "autoritário" da instituição eclesial, que "se tornou inaceitável em um contexto culturalmente democrático". Particularmente no campo da moral sexual, como analisado por Catherine Grémion em um artigo sobre a abordagem do magistério sobre a contracepção, reprodução assistida e aborto.

Em um artigo iluminador, o historiador Claude Langlois mostra que, em matéria de contracepção, a Igreja teve, no século XIX, uma prática pastoral mais suave, sensível às dificuldades dos casais.

A Esprit apresenta um quadro muito escuro da situação. Mas não fala das novas formas de catolicismo que surgem atualmente na França em torno às comunidades de base. Seria preciso também analisar por que aquilo que aqui é definido como "conservadorismo eclesial" parece encontrar um certo sucesso entre as gerações mais jovens. Mas o conjunto propõe uma reflexão estimulante, em linguagem acessível.

Como nota Jean-Loui Schlegel, não é certo que a sociedade se beneficia com um enfraquecimento da estrutura católica, nem com um retorno de uma religiosidade fora da instituição, de um suposto catolicismo de influência oculta e durável.

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