Enem do servidor federal vai oferecer em 2024 mais de 7 mil vagas

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A partir de 2024 haverá uma prova nacional unificando o processo de seleção de servidores federais, um Enem dos Concursos”, como o objetivo de facilitar o acesso da população às provas, inclusive em cidades do interior. A primeira prova será realizada no dia 24 de fevereiro.  A estimativa de vagas é de mais 7 mil no primeiro ano do concurso, Provas serão simultaneamente em 179 cidades das 5 regiões Cada ministério poderá decidir se vai aderir a esse modelo ou fazer os concursos por conta própria. O exame acontecerá ao mesmo tempo em 179 municípios, sendo 39 na Região Norte, 50 no Nordeste, 18 no Centro-Oeste, 49 no Sudeste e 23 no Sul. Haverá duas provas no mesmo dia. Uma com questões objetivas, comum a todos, e outra com perguntas específicas e dissertativas, divididas por blocos temáticos. Os candidatos para Trabalho e Previdência farão a mesma segunda prova, por exemplo; já os candidatos para Administração e Finanças Públicas, outra. As vagas abrangem os seguintes setores: Administr

Cultura consumista está acabando com o planeta

 

Kalle_Lsn Kalle Lasn (foto) é um sujeito religioso. Fala sobre consumismo e os malefícios da publicidade com a mesma empolgação de um fanático em guerra contra o demônio. É um pregador, na essência. Esse estoniano de 66 anos é o responsável por uma das maiores campanhas mundiais anticonsumo. Criou há 20 anos, com Bill Schmalz, em Vancouver, Canadá, a Adbusters, ONG que publica uma revista bimestral com a sua pregação social, ambiental e não-consumista.

Para essa pregação, ele usa o mesmo veneno que acusa na oposição: peças com linguagem publicitária para abdução de seus adeptos e venda de "material de campanha" para a difusão de suas idéias. De seu escritório em Vancouver, ele falou à Folha, por telefone.

A entrevista é de João Wady Cury e publicada pelo jornal Folha de S. Paulo, 29-11-2008.

Eis a entrevista.


Consumo é doença?

Sim, consumo é doença. Foi a onda consumista que levou o planeta à mudança climática e, finalmente, agora, nos levou a esta enorme crise financeira e econômica que estamos vivendo, a maior de toda a história da humanidade.

Então, na sua opinião, o consumidor é o grande culpado pela crise dos mercados?

Sem dúvida. O problema é o consumo do grupo formado pelo um bilhão de pessoas mais ricas do planeta que consomem 86% de tudo o que é produzido. O que significa que cinco bilhões ficam, teoricamente, com os 14% restantes da produção, o que não é justo.

O que os "consumistas" fizeram para isso?

Eles compraram mais do que poderiam. Pegaram dinheiro emprestado ou usaram as economias para comprar casas, carros, ou seja, mergulharam as suas vidas nisso e chafurdaram-se em dívidas nos últimos 20 anos.

Dizendo isso, o senhor desengana o mundo. É o fim?

Não, a solução é pensar nossas vidas de forma diferente. Começando por este dia 29, hoje, aderindo à campanha do Buy Nothing Day (Dia de Não Consumir), e deixando o lado negro do consumismo.

Como mudar o jeito de pensar de pessoas em lugares tão diferentes como África, Europa, Brasil e Estados Unidos?

Consumismo é consumismo em qualquer lugar, porque foi algo surgido após a Segunda Guerra, em países da Europa e nos Estados Unidos. É o capitalismo que tomou o mundo há mais de 50 anos e vem destruindo todas as outras culturas. Se você for ao Butão, ao Tibete ou mesmo ao México vai notar isso.

Mas Tibete é um exagero.

Sim, porque você nota que foi criada uma única cultura consumista que tomou todo o planeta. É preciso mudar a maneira como a informação atinge as pessoas, como o mundo corporativo e as agências de publicidade emanam informações para as pessoas comuns. O mercado publicitário é uma das principais máquinas geradoras da cultura de consumo, movimentando US$ 1 trilhão por ano. Enviam mensagens de "comprar, comprar, comprar," afirmam que vamos ser felizes se comprarmos.

É verdade que quem compra é feliz?

Crescemos em meio a essa saraivada de informações de compra acreditando piamente que quem compra pode ser feliz. E o mercado publicitário estimula ainda mais essa coisa absurda de que, se você compra um produto que se tornou um objeto do desejo, um item "cool", você pode ser feliz.

Mas hoje, no "Buy Nothing Day", não posso comprar nem mesmo um ingresso de cinema?

É um desafio, realmente. Nada. É um momento de transformação em que precisamos nos botar à prova e não consumir nada, com o objetivo de buscar as mudanças fundamentais para termos um planeta melhor para vivermos. É uma forma de protesto.

Produção de alimentos x produção de energia: o desafio do século XXI. (maio de 2008)

Comentários

  1. Se puderem assistam a estes 2 documentários:
    Zeitgeist, The movie e Zeitgeist Addendum.
    Uma busca no google videos vem de primeira (cada um tem 2h de duração)
    Mudou a minha vida e a forma de pensar.

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