Enem do servidor federal vai oferecer em 2024 mais de 7 mil vagas

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A partir de 2024 haverá uma prova nacional unificando o processo de seleção de servidores federais, um Enem dos Concursos”, como o objetivo de facilitar o acesso da população às provas, inclusive em cidades do interior. A primeira prova será realizada no dia 24 de fevereiro.  A estimativa de vagas é de mais 7 mil no primeiro ano do concurso, Provas serão simultaneamente em 179 cidades das 5 regiões Cada ministério poderá decidir se vai aderir a esse modelo ou fazer os concursos por conta própria. O exame acontecerá ao mesmo tempo em 179 municípios, sendo 39 na Região Norte, 50 no Nordeste, 18 no Centro-Oeste, 49 no Sudeste e 23 no Sul. Haverá duas provas no mesmo dia. Uma com questões objetivas, comum a todos, e outra com perguntas específicas e dissertativas, divididas por blocos temáticos. Os candidatos para Trabalho e Previdência farão a mesma segunda prova, por exemplo; já os candidatos para Administração e Finanças Públicas, outra. As vagas abrangem os seguintes setores: Administr

'Sadia e Aracruz especularam', acusa Lula

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva acusou ontem duas das maiores empresas exportadoras brasileiras de “especulação contra a moeda brasileira”. Em campanha em São Bernardo do Campo, apoiando o candidato do PT à prefeitura, Luiz Marinho, foi questionado sobre os prejuízos sofridos pela Aracruz e Sadia no mercado de câmbio, que somaram R$ 2,71 bilhões. O presidente afirmou que as perdas não foram conseqüência da crise financeira internacional.

A reportagem é de Joaquim Alessi e publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo, 05-10-2008.

“Não foi por causa da crise, mas da especulação. Essas empresas vinham especulando contra a moeda brasileira. Vinham praticando, por ganância, uma especulação nada recomendável”, declarou Lula. Ele voltou a defender que a economia brasileira vai bem, apesar da crise. Aracruz e Sadia foram procuradas, mas não quiseram se pronunciar sobre as declarações do presidente.

No dia 25 de setembro, dez dias depois da piora da crise financeira norte-americana após a quebra do banco de investimentos Lehman Brothers, a Sadia e a Aracruzdivulgaram fatos relevantes ao mercado informando sobre as perdas cambiais. A Sadia, maior exportadora nacional de frangos, naquele mesmo dia, situou em R$ 760 milhões a perda com operações no mercado de câmbio. O diretor de Finanças e Desenvolvimento Corporativo da empresa, Adriano Lima Ferreira, foi demitido logo após a divulgação da operação. A Aracruz não especificou cifras, confirmando apenas que havia perdido com dólar. Anteontem, a companhia, que responde por 27% da oferta mundial de celulose, informou o prejuízo potencial com derivativos: R$ 1,95 bilhão.

Na sexta-feira, a queda das ações da Aracruz na Bovespa chegou a 25% e analistas financeiros projetaram novos recuos para os próximos dias. Segundo analistas ouvidos pela Agência Estado, esse movimento de perda é considerado uma “punição” do mercado às práticas adotadas pela fabricante de celulose, é ocasionado pelas perdas registradas pela Aracruz com operações financeiras, mas também pela falta de transparência da companhia.

Até 2005, a Sadia foi controlada pela família Furlan. O executivo Luiz Fernando Furlan presidiu a companhia até 2003, quando se afastou para integrar o ministério na primeira gestão de Lula. Atualmente, o banco estatal BNDES faz parte do bloco de controle da empresa e também da Aracruz. Os demais controladores da indústria de papel e celulose são os grupos Safra, Loretzen e Votorantim.

Ontem, o presidente Lula voltou a afirmar que a economia brasileira está forte e que não haverá necessidade de pacote econômico, apenas medidas pontuais. Durante a semana, em meio a oscilações na Bovespa, acentuadas pelas perdas das duas exportadoras, o analista da SLW Corretora, Pedro Galdi, explicou que é natural que os investidores punissem as ações das duas companhias. No atual cenário econômico, qualquer empresa que estiver mais suscetível a impactos causados pelo câmbio é vista com desconfiança.

O prejuízo da Sadia foi resultado de tentativas de liquidação antecipada de operações financeiras no mercado de câmbio. A empresa apostou numa cotação que não se confirmou e, para evitar perdas maiores, resgatou o moeda. A perda da Sadia superou o lucro líquido da empresa em 2007, de R$ 689 milhões.

O vice-presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), José Augusto de Castro, explicou, logo após a divulgação da Sadia, que o problema das empresas exportadoras com operações de derivativos é que a alta do dólar ocorreu de forma muito abrupta. Foi a rapidez na velocidade de aumento da cotação, e não necessariamente o aumento, que provocou o prejuízo.

Na sexta-feira, a agência de classificação de risco Moody's Investors Service colocou em revisão, para possível rebaixamento, os ratings da Aracruz Celulose. A VCP tornou pública a decisão de adiar o fechamento da operação de compra de ações da Aracruzdetidas pela Arapar - holding da família Lorentzen.

A equipe técnica da Associação de Investidores no Mercado de Capitais (Amec), que representa os acionistas minoritários, informou que já está estudando a operação daSadia. Segundo o superintendente da entidade, Edison Garcia, a Amec pretende avaliar a política de comunicação adotada pela companhia. Para ele, é provável que associados da entidade entrem na Justiça para pedir indenização pelas perdas.

> Fonte IHU Online.

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