Enem do servidor federal vai oferecer em 2024 mais de 7 mil vagas

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A partir de 2024 haverá uma prova nacional unificando o processo de seleção de servidores federais, um Enem dos Concursos”, como o objetivo de facilitar o acesso da população às provas, inclusive em cidades do interior. A primeira prova será realizada no dia 24 de fevereiro.  A estimativa de vagas é de mais 7 mil no primeiro ano do concurso, Provas serão simultaneamente em 179 cidades das 5 regiões Cada ministério poderá decidir se vai aderir a esse modelo ou fazer os concursos por conta própria. O exame acontecerá ao mesmo tempo em 179 municípios, sendo 39 na Região Norte, 50 no Nordeste, 18 no Centro-Oeste, 49 no Sudeste e 23 no Sul. Haverá duas provas no mesmo dia. Uma com questões objetivas, comum a todos, e outra com perguntas específicas e dissertativas, divididas por blocos temáticos. Os candidatos para Trabalho e Previdência farão a mesma segunda prova, por exemplo; já os candidatos para Administração e Finanças Públicas, outra. As vagas abrangem os seguintes setores: Administr

Madrasta diz que sofreu pressão para culpar marido (Folha)

Casal Nardoni prestou primeiro depoimento à Justiça sobre a morte de Isabella

Anna Jatobá afirmou que delegada a pressionou; Alexandre Nardoni relatou ter sido chamado de "psicopata" e de "assassino"

KLEBER TOMAZ
ANDRÉ CARAMANTE
DA REPORTAGEM LOCAL

Em seus primeiros depoimentos à Justiça no processo no qual são réus pela morte de Isabella Nardoni, 5, Anna Carolina Jatobá, 24, e Alexandre Nardoni, 29, madrasta e pai da menina, adotaram a tática de acusar os policiais que investigaram o caso de pressioná-los a assumir o crime.

Anna Jatobá acusou a delegada responsável pela investigação, Renata Pontes, do 9º DP (Carandiru), de pressioná-la para apontar o marido, Alexandre Nardoni, 29, como responsável pelo crime.

Nardoni acusou o delegado Calixto Calil Filho, chefe de Renata, de chamá-lo de "psicopata frio". E disse que a delegada o chamou de "assassino".

Anna Jatobá afirmou ao juiz que a delegada lhe disse que, caso ela viesse a ser presa, ficaria recolhida em cela comum, pois não concluiu o curso de direito, "enquanto Nardoni ficaria em cela especial [por ter terminado a faculdade], e que ela o protegia por amor".

Anna Jatobá e Nardoni foram interrogados ontem pelo juiz Maurício Fossen, do 2º Tribunal do Júri, no fórum de Santana (zona norte de SP). Algemado e com roupas do sistema prisional -calça e camisa cáqui-, o casal negou o crime.

A delegada, por meio da Secretaria da Segurança Pública, afirmou que está tranqüila em relação à investigação e que "jamais induziu, sugeriu, aconselhou ou mandou" que ela desse qualquer resposta ou informação contra sua própria vontade. O delegado Calixto foi procurado por telefone no início da noite, mas não ligou de volta.

O promotor Francisco Cembranelli, responsável pela denúncia do casal à Justiça, disse estranhar o fato de os advogados não terem apontado antes a suposta pressão da polícia sobre seus clientes.

Os interrogatórios começaram às 13h52 e duraram até as 20h. Anna Jatobá foi a primeira a ser ouvida. Nardoni começou a ser interrogado às 17h55. Um réu não pôde ouvir o depoimento do outro. Os três advogados do casal não quiseram falar com a imprensa.

Os dois depoimentos foram fechados, apesar de não haver segredo de Justiça no processo. As informações sobre o que os réus disseram ao juiz foram retransmitidas por assessores do Tribunal de Justiça.

Anna Jatobá também admitiu sentir ciúmes da mãe de Isabella, a bancária Ana Carolina Oliveira, 24, mas não por conta da menina e sim porque ela tem o mesmo nome que o seu e é parecida fisicamente com ela.


Casal Nardoni põe vizinhos sob suspeita

Alexandre Nardoni e Anna Jatobá sugeriram envolvimento de moradores do edifício London, de acordo com promotor

No interrogatório, casal colocou em dúvida a segurança do prédio onde Isabella foi morta; defesa não fez comentários

DA REPORTAGEM LOCAL

No depoimento que deram ao juiz Maurício Fossen, Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá colocaram sob suspeita no assassinato de Isabella vizinhos do edifício London, prédio onde o casal morou e a menina morreu em 29 de março ao ser atirada do sexto andar.

"Eles sugeriram que moradores pudessem estar envolvidos", disse o promotor Francisco Cembranelli, após o interrogatório dos réus no fórum de Santana, na zona norte.

"Foi aberto o leque e agora até um de nós pode ser suspeito", disse Cembranelli, que não mostrou nenhum documento com os depoimentos. Os advogados de defesa do casal saíram sem falar com a imprensa e não responderam aos recados deixados pela Folha.

Conforme a assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça, que acompanhou o interrogatório, tanto Nardoni quanto Anna Jatobá colocaram em dúvida a segurança do prédio onde moravam com os dois filhos.

Segundo os assessores do TJ, no interrogatório foi dito que não havia controle de entrada no prédio. E que Nardoni se desentendeu com pedreiros que faziam a reforma do apartamento. Ele e a mulher voltaram a pôr sob suspeita o porteiro do dia do crime e o zelador.

O casal defende a versão de que um invasor ou um ladrão jogou Isabella da janela. Essa tese será mostrada hoje no edifício London pelos especialistas contratados pela defesa para fazer um parecer que contradiga os laudos do IC (Instituto de Criminalística) e do IML (Instituto Médico Legal). Eles pretendem fazer uma nova "reconstituição".

O promotor disse que nenhum ladrão entrou porque nada foi roubado do apartamento. Para a Promotoria, a madrasta tentou asfixiar Isabella e Nardoni a jogou da janela. (ANDRÉ CARAMANTE e KLEBER TOMAZ)


Promotor defende a polícia e diz que réus ensaiaram versões

DA REPORTAGEM LOCAL

Para o promotor Francisco Cembranelli, os interrogatórios de Anna Jatobá e Alexandre Nardoni ontem à Justiça apresentaram várias versões ensaiadas, mas ele não quis revelar quais seriam as partes combinadas pelos dois.

O promotor também defendeu os policiais que coordenaram as investigações sobre a morte de Isabella Nardoni e sustentou que nunca tomou conhecimento de qualquer possível abuso por parte da polícia contra o casal.

Ao mesmo tempo em que apontou versões ensaiadas nos depoimentos do casal, o promotor revelou que Anna Jatobá e Nardoni criaram uma contradição: ele disse que o casal não tinha uma vida conjugal conturbada; já a madrasta confirmou o que várias testemunhas disseram à polícia sobre as constantes brigas entre os dois.
Em 17 e 18 de junho, o juiz Maurício Fossen interrogará as 18 testemunhas arroladas pela acusação. Serão nove em cada dia. Uma delas será a delegada Renata Pontes. (AC e KT)

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