Enem do servidor federal vai oferecer em 2024 mais de 7 mil vagas

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A partir de 2024 haverá uma prova nacional unificando o processo de seleção de servidores federais, um Enem dos Concursos”, como o objetivo de facilitar o acesso da população às provas, inclusive em cidades do interior. A primeira prova será realizada no dia 24 de fevereiro.  A estimativa de vagas é de mais 7 mil no primeiro ano do concurso, Provas serão simultaneamente em 179 cidades das 5 regiões Cada ministério poderá decidir se vai aderir a esse modelo ou fazer os concursos por conta própria. O exame acontecerá ao mesmo tempo em 179 municípios, sendo 39 na Região Norte, 50 no Nordeste, 18 no Centro-Oeste, 49 no Sudeste e 23 no Sul. Haverá duas provas no mesmo dia. Uma com questões objetivas, comum a todos, e outra com perguntas específicas e dissertativas, divididas por blocos temáticos. Os candidatos para Trabalho e Previdência farão a mesma segunda prova, por exemplo; já os candidatos para Administração e Finanças Públicas, outra. As vagas abrangem os seguintes setores: Administr

Polícia investiga saques de empresas e da família Sarney (Folha de S.Paulo)

Filho do senador retirou R$ 2 mi dias antes do segundo turno da eleição de 2006; ele nega que exista irregularidade e afirma que saques foram declarados

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A Polícia Federal investiga saques em dinheiro vivo de R$ 3,5 milhões ligados a empresas e a uma pessoa da família Sarney no período eleitoral de 2006. O Ministério Público Federal também apura o caso.

Foram sacados R$ 2 milhões por Fernando, filho do senador José Sarney (PMDB-AP), nos dias 25 e 26 de outubro (R$ 1 milhão em cada dia). Entre o final de setembro e outubro daquele ano, foram sacados mais de R$ 1 milhão da conta do Sistema Mirante de Comunicação, afiliada da Globo e principal empresa da família Sarney, da qual Fernando é um dos dirigentes. O segundo turno da eleição foi no dia 29 de outubro.

Investigadores ouvidos pela Folha dizem suspeitar de financiamento ilegal de campanha. O inquérito aberto pela PF está sendo conduzido pela sede do órgão em Brasília. O Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) gerou um relatório sobre as transações.

Fernando Sarney nega qualquer irregularidade ou que as transações tenham conexão com campanha política e diz que tantos os saques feitos por ele quanto os do Sistema Mirante foram devidamente registrados e lançados no seu Imposto de Renda ou na contabilidade da empresa. Ele não foi candidato a nada em 2006.

A PF investiga três grupos de transações. Em 24 de outubro, o empresário Eduardo Carvalho Lago fez transferência de R$ 2 milhões para a Gráfica Escolar, da qual Fernando é sócio. No mesmo dia, a gráfica fez um depósito no mesmo valor para Eduardo. No dia seguinte Eduardo fez nova transferência de R$ 2 milhões, desta vez para a conta pessoal de Fernando, que sacou todo o dinheiro naquele dia e no dia seguinte.

Paralelamente a essas operações, entre o final de setembro e o final de outubro foram feitos saques superiores a R$ 1 milhão, em dinheiro vivo, da conta da TV Mirante por Tereza Cristina Ferreira Lopes e Carlos Henrique. Segundo Fernando Sarney, ambos são funcionários do Sistema Mirante.

O último saque da conta da empresa coincidiu com uma retirada de R$ 100 mil da conta da São Luiz Factoring e Fomento Mercantil, que pertence a Tereza Murad, mulher de Fernando Sarney. O saque também foi feito por Tereza Cristina Ferreira Lopes.
Os investigadores apuraram que o empresário que emprestou os R$ 2 milhões a Fernando Sarney, Eduardo Carvalho Lago, responde a processos por não-recolhimento de contribuição previdenciária ao INSS, negociação de títulos sem lastro, formação de quadrilha e estelionato. A PF confirma que há inquérito, mas que não pode dar esclarecimentos porque ele corre em segredo de Justiça. A explicação foi repetida pelo Ministério Público Federal no Maranhão e pelo Coaf.

Não é a primeira vez que a família Sarney é envolvida em movimentação de dinheiro vivo. Em 2002, a PF encontrou R$ 1,34 milhão na Lunus, empresa de Roseana, irmã de Fernando e então pré-candidata à Presidência, e Jorge Murad, irmão de Tereza, mulher de Fernando. O dinheiro foi devolvido à família porque a PF não provou nenhuma ilegalidade no caso. (LS)

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